Mari Palma, 36 anos, refletiu sobre a virada de chave para aprender a amar o próprio corpo. A jornalista enfrentou a pressão estética por anos, que acarretaram uma depressão – que ficou ainda mais intensa após a morte do pai.
Recentemente, a apresentadora ouviu de um homem que “parecia mais magrinha” na televisão e postou um desabafo sincero nas redes sociais. Mari Palma destaca que o episódio foi importante para que conseguisse rever alguns conceitos enraizados sobre aparência. “Espero que nós, mulheres, não sejamos alvos de comentários sobre o nosso corpo em algum momento nesse mundo. Não sou otimista de achar que vai acabar amanhã, mas, algum dia, quem sabe”, declarou à revista Quem.
O gatilho ativado recentemente convive com a jornalista desde a infância, sobretudo pautada na cobrança voltada para as mulheres. “Faço muita terapia para curar algumas feridas que tenho da infância e adolescência em relação ao meu corpo. Cresci em um mundo que dizia que eu teria que odiar meu corpo, seja ele qual fosse. Estou aprendendo a amar meu corpo um pouco tarde, mas ainda é tempo. Tento me olhar com mais gentileza. Isso tem sido transformador para mim”, explicou.
A virada de chave aconteceu em meio ao luto pela morte dopai, Luiz Palma, em decorrência de um câncer, em março de 2021. “Depois que perdi meu pai, entrei em uma depressão muito grande. Fiquei pouco mais de um ano trancada em um quarto, aí resolvi viver. O luto já estava bem estabelecido dentro de mim, aí fui atrás de me cuidar, fazer exercício físico”, detalhou.
“Me reencontrei, foi importante, porque hoje me vejo de outra maneira, precisei aprender a viver sem ele. Descobri quem eu sou sem ele. Ele está dentro de mim. Hoje, me vejo uma mulher muito forte também por causa dele. Me fortaleci na dor, isso foi importante para mim”, completou Mari Palma.
Desabafo sobre aparência
Há cerca de um mês, Mari Palma compartilhou com seus seguidores um encontro desconfortável que teve com um suposto fã. “Do nada chegou um cara perto de mim e falou: ‘Você é a Mari?’ com um sorriso no rosto. E eu respondi, como eu sempre faço, também com um sorriso, esperando que ele fosse falar algo sobre o meu trabalho. Aí eu falei assim: ‘Sim, sou eu’. Aí ele olhou para mim, eu na piscina sentada de biquíni e falou: ‘Nossa, na televisão você parece muito mais magrinha’. E saiu”, relatou.
A jornalista admite que ficou sem reação com a fala. “Acho que demoro para processar essas coisas porque, na minha cabeça, aquilo foi tão inesperado e tão absurdo que custei a acreditar que aquele era o único comentário dele. Ele não falou em nenhum momento sobre o meu trabalho, apenas sobre o meu corpo. O meu trabalho é público, o meu corpo não”, pontuou.
Um comentário que na sua cabeça parece um elogio pode despertar uma dor na outra pessoa. Ele falar isso despertou uma dor em mim e fiquei muito irritada. Quis dividir isso justamente para dizer que a gente não pode aceitar esse tipo de coisa”, concluiu a repórter.
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