Cheryle Brandon, 51 anos, ignorou um sintoma corriqueiro e, posteriormente, foi diagnosticada com uma grave doença: um câncer de esôfago. A paciente sentia indigestão com frequência, problema que está associado a refluxo ácido ou excesso de comida.
Em abril de 2022, Cheryle começou a sentir o que ela pensava ser um sinal de refluxo ácido – quando os sucos do estômago retornam à garganta. Ela começou o tratamento com omeprazol (medicamento usado para reduzir a acidez estomacal), que, a princípio, parecia ter aliviado os sintomas.
No entanto, pouco tempo depois, os problemas voltaram ainda mais intensos. “Comecei a ter dificuldade para engolir carne. Engasgava com frequência, e então mudei minha alimentação, substituindo a carne por alimentos mais macios, como biscoitos de trigo, sorvete e iogurtes”, conta ela em entrevista ao Daily Mail.
Com a piora dos sintomas, Cheryle foi encaminhada por um clínico geral para uma endoscopia, procedimento em que um tubo flexível com uma câmera é inserido pela garganta para observar o interior do estômago. O exame mostrou um tumor de 6 cm no esôfago.
O câncer da paciente é identificado como inoperável e foi um choque para Cheryle. “Como era muito próximo do meu coração, eles não puderam operar. Eles me deram apenas meses de vida. Eles estavam tentando a cura, mas com potencial para cuidados paliativos”, recordou.
Ela perdeu peso rapidamente devido à dificuldade de comer. “Quando comecei o tratamento, eu usava tamanho 44. Mas depois de não conseguir comer direito, caí para o tamanho 38. Perdi tanto peso que precisei de uma sonda de alimentação”, explicou.
Em 2023, Brandon iniciou a quimioterapia, na esperança de controlar a doença, mas os médicos alertaram que ela deveria “se preparar para o pior”. Porém, para a surpresa da equipe, após alguns meses de tratamento, um exame de tomografia computadorizada revelou que não havia mais sinais de câncer.
“Recebi um telefonema da equipe de oncologia e me disseram que a tomografia não mostrou sinais de câncer. Eu fiquei cética, achando que o médico estava olhando o arquivo errado. Mas o resultado estava correto”, celebrou.
Ela ainda precisa de exames regulares, mas foi informada de que não há mais vestígios da doença. “O câncer me ensinou a ser mais humilde e a apreciar a vida”, declarou.
Sintomas do câncer no esôfago
O câncer de esôfago é um dos tipos mais letais da doença, com taxa de sobrevivência de apenas 50%, especialmente quando o diagnóstico é tardio – ou seja, quando a doença está avançada.
Dentre os sintomas, estão: dificuldade para engolir, náuseas, azia e refluxo ácido. A recomendação é que, se os sinais persistirem, o paciente procure um médico e faça os exames indicados.
“Se você está pensando: ‘Espera, estou com um problema que não está sendo levado a sério’, vá ao médico e faça uma endoscopia agora mesmo”, indica Cheryle, por fim.
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