A médica veterinária Alexandra Ariadine teve sua vida virada de cabeça para baixo após usar um medicamento prescrito em uma consulta. Ela sofreu uma reação alérgica severa e foi internada em estado grave.
Após a realização de exames, a paciente foi diagnosticada com síndrome de Stevens-Johnson, uma condição rara e potencialmente fatal.
A doença afeta a pele e mucosas em casos de reação grave a algum medicamento ou até mesmo uma infecção. A mulher usou seu perfil no TikTok para contar sua história e alertar as pessoas sobre a doença.
“Fui trabalhar normalmente e passei mal, com olhos incomodados como se fosse conjuntivite e umas aftas na boca. Vim direto para a emergência e depois de vários exames descobri que eu estava com um processo alérgico muito agressivo e raro”, contou.
Alexandra passou cerca de duas semanas na UTI. “É algo grave que pode fazer sepse, afinal, todo meu tecido está necrosando, trocando, então tudo é risco. Estou ansiosa para voltar à minha vida”, desabafou.
“A sensação que eu tenho é de desespero, porque dói tudo: a sola dos meus pés, das mãos, toda a minha pele. Não consigo comer, não consigo enxergar direito por conta dessa alteração que consome o tecido”, descreveu a paciente.
Ariadine segue internada, mas já está no quarto. “Gosto tanto de me exercitar, de trabalhar, de estar com meu filho, meu marido, meus amigos. Mas a vida para um pouquinho, ela te tira do teu rumo e te faz enxergar outras coisas. A gente vai seguindo. Para quem está torcendo por mim, muito obrigada. Quem tem me ajudado, orado, muito obrigada”, declarou.
A paciente também perdeu cerca de cinco quilos por não conseguir se alimentar devido à dor. Alexandra pode ter sequelas nas córneas por conta da gravidade das lesões. “Fui retirada abruptamente da minha rotina”, lamentou. Ainda assim, ela se sente otimista com o tratamento e, acima de tudo, animada para poder retomar sua rotina.
A doença
Os sintomas da síndrome de Stevens-Johnson podem começar como uma gripe, mas logo uma irritação na pele dá origem a dolorosas erupções e bolhas por todo o corpo.
A pele fica com o aspecto semelhante ao de queimaduras sérias, mas se regenera aos poucos, sem a necessidade de enxertos. O tempo de recuperação, no entanto, varia de acordo com a gravidade das lesões.
A síndrome não é contagiosa e é possível ter a condição mais de uma vez, principalmente se o paciente voltar a usar o medicamento que causou a reação.
Assim que os primeiros sinais do problema de saúde aparecerem, a pessoa deve ser encaminhada para um hospital para que a reação seja controlada. Não há como prevenir a doença, mas é importante seguir todas as orientações do médico e da bula do remédio, assim como não voltar a usar o medicamento responsável pela reação.
Campanha
A família de Alexandra decidiu criar uma campanha virtual para arrecadar fundos para o tratamento, que seguirá por tempo indeterminado mesmo após a alta médica.
“Alê sente dores incessantes, enfrenta lesões dolorosas por todo o corpo, dificuldade para se alimentar e para realizar até mesmo as funções mais básicas. O tratamento é extremamente complexo e demanda uma equipe multidisciplinar, cuidados intensivos na UTI e um longo período de internação”, explicou Danilo Mendes, marido de Alexandra.
“Além disso, a recuperação envolverá cirurgias para tratar sequelas e uma reabilitação extensa e especializada para que ela possa voltar a ter qualidade de vida”, acrescentou.
Ele seguiu: “Os custos desse tratamento são extremamente elevados. Entre as diárias na UTI, medicamentos específicos, tratamentos complementares e as despesas futuras com cirurgias e reabilitação, estamos enfrentando um cenário financeiro muito além do que podemos suportar sozinhos”.
“Por isso, venho humildemente pedir sua ajuda. Sua contribuição, seja com qualquer valor ou mesmo compartilhando essa mensagem, fará toda a diferença para garantirmos que a Alê receba tudo o que é necessário para superar essa batalha e retomar sua vida”, continuou.
A meta é chegar a R$ 70 mil. “Agradeço de coração por toda forma de apoio, doações, orações e pensamentos positivos são fundamentais nesse momento. Essa luta é longa, cheia de surpresas e desafios diários, mas com o apoio de todos, acreditamos que a Alê conseguirá vencer”, concluiu a campanha.
Você já conhecia a síndrome de Stevens-Johnson? Já teve reações a medicamentos? Comente abaixo!
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