Luiza Zveiter, 42 anos, comentou como se sente após passar por uma mudança física drástica. A apresentadora fez uma cirurgia bariátrica aos 18 anos, época que pesava 136 kg.
A repórter da TV Globo refletiu sobre seu antes e depois. “Comparado ao meu corpo anterior, realmente é um corpaço. Mas não é um corpo que eu nua seja um corpaço. É um corpaço no sentido que me leva para todos os lugares, que tem saúde. Mas é um corpo que ao mesmo tempo tem muita flacidez, cicatrizes, estrias… é um corpo que faz eu todo dia ir para a academia me cuidar, me amar cada vez mais”, declarou em seu perfil no Instagram.
“Eu tenho muito orgulho de mim. Eu me acho f*da, a palavra é essa. Onde eu cheguei, o que eu conquistei… quando eu olho meu braço, meu ombro, minha bunda, eu falo ‘realmente eu tenho um corpaço’, comparada a mim mesma, à Luiza de 136kg”, garantiu Luiza Zveiter.
Desde a bariátrica, a apresentadora vem realizando procedimentos estéticos regularmente. “Eu tenho muita flacidez no interno de coxa, um lugar que eu queria operar. Eu já fiz algumas plásticas, e o interno de coxa eu precisava fazer”, explicou.
Atualmente, Luiza Zveiter diz que está com 15,7% de gordura, mas já teve 48%. “Se eu pudesse escolher, eu adoraria não ter flacidez. Me incomoda o movimento. Cicatrizes e estrias, eu não ligo mesmo. Vocês me veem com essas roupas de night, mas nunca me viram de biquíni 100%”, declarou.
Na sequência, a repórter refletiu sobre autoaceitação e o que pode fazer por si mesma. “A minha saúde, eu posso melhorar. O meu peso, eu posso diminuir… eu tenho saúde, eu tenho amor próprio e acho que estou na minha melhor versão, e quero melhorar cada vez mais. Em algum momento vocês vão ver todas as minhas cicatrizes à mostra”, concluiu.
Mudança de vida
Recentemente, Luiza Zveiter contou que recebe mensagens de pessoas que enfrentaram o mesmo problema que ela e mandou um alerta. “Tem gente que manda: ‘Preciso emagrecer. Você me ajuda?’. Calma, amor, eu não sou médica. Não sou a louca que vai dizer o que alguém tem que fazer. Hoje em dia não existe mais achar que obesidade é falta de vergonha na cara, mas eu ouvi muito isso quando era nova. Hoje foi comprovado que a obesidade é uma doença como qualquer outra, é crônica e tem que ser tratada. Então, a gente tem que falar com muita responsabilidade sobre isso”, refletiu, em entrevista ao jornal O Globo.
A jornalista também explicou como a doença afetou sua adolescência e qual foi sua motivação para fazer a cirurgia. “Eu era a amiga dos meninos da escola, era a que nunca tinha ficado com ninguém, nem dado um beijinho. Eu tinha só 18 anos quando li sobre a cirurgia pela primeira vez, então operei. Só que eu não tinha essa cabeça que eu tenho hoje. Não tinha a consciência de que não é só usar um remédio ou uma injeção”, desabafou.
“Eu pesava 136 kg na época, e o peso mínimo a que eu cheguei após a cirurgia foi 70. Só que eu emagreci por causa da cirurgia, e não porque de fato mudei minha cabeça. Depois de alguns anos, voltei a engordar. Foi um baque para mim ver aquilo. Eu nem me tocava de que eu estava engordando de novo. E aí eu falei: ‘Espera aí’. Aí eu mudei e comecei a comer bem e me exercitar. Hoje cheguei a um peso com o qual me sinto bem”, recordou.
Na época, Luiza Zveiter já trabalhava na TV e enfrentou outros tipos de desafios: “Depois que eu comecei a emagrecer, desenvolvi compulsão por compras. A vida toda eu nunca tinha entrado numa loja para comprar uma roupa. Passei a adolescência toda indo à costureira para fazer roupa. Nunca me esqueço do dia em que eu entrei numa loja e comprei pela primeira vez. Uma roupa coube em mim, e eu quis comprar a loja inteira, fiquei alucinada. Aí eu comecei a ter um pouco de pânico e procurei um psiquiatra. Com a ajuda dele, da terapia e dos remédios, comecei a entender as coisas e tratei essa compulsão”.