Um novo efeito colateral dos cigarros eletrônicos foi descoberto em um levantamento feito por um jornal britânico. Até fevereiro deste ano, um total de 1.009 reações foram associadas ao consumo constante de vape, dentre eles, o aumento das flatulências, dor de cabeça, espirros e náuseas.
Os especialistas afirmam que, apesar de não terem estudos mais aprofundados e a longo prazo sobre o impacto dos cigarros eletrônicos no corpo, é possível constatar que o aparelho é capaz de trazer danos permanentes nos pulmões, vias aéreas e passagens de sangue.

Segundo o levantamento, as reações mais comuns são: tosse, dispneia (falta de ar), dor na orofaringe, dor no peito, dor na garganta, náusea, desconforto no peito, dor de cabeça, tontura e chiado no peito.
Além dos diversos casos isolados que são noticiados diariamente, pesquisas também são elaboradas para entender o tamanho dos riscos que o vape apresenta.
O American College of Cardiology, por exemplo, realizou um encontro em que uma das pesquisas apontava que pessoas que consumiram o cigarro eletrônico em algum momento da vida tinham mais chances de desenvolver insuficiência cardíaca comparadas a quem nunca usou cigarros eletrônicos.
O principal autor do estudo, Dr. Yakubu Bene-Alhasan, enviou um comunicado a ser apresentado na reunião, no qual ressaltava os riscos dos cigarros eletrônicos. “Mais e mais estudos estão ligando os cigarros eletrônicos a efeitos nocivos e descobrindo que eles podem não ser tão seguros quanto se pensava anteriormente. (…) A diferença que vimos foi substancial. Vale a pena considerar as consequências para a sua saúde, principalmente no que diz respeito à saúde do coração”, confirmou.
No Brasil, a venda de cigarros eletrônicos foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas o item ainda é facilmente encontrado em tabacarias, bancas e até mesmo sendo vendido por ambulantes nas ruas.
Dentre os problemas de saúde relacionados aos cigarros eletrônicos, também estão o surgimento de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, como morte súbita, hipertensão e infarto.
O aparelho não é eficaz para quem está tentando parar de fumar, sendo considerado até mais danoso que cigarros tradicionais.