Reynaldo Gianecchini, 51 anos, foi diagnosticado com a síndrome de Guillain-Barré enquanto se preparava para seu novo musical, Priscilla, a Rainha do Deserto. O ator apontou como a condição afetou seus movimentos.
No novo trabalho, o artista interpreta uma drag queen. “Eu desenvolvi até uma doença autoimune muito louca que foi me paralisando as mãos, as pernas”, explicou ele em participação no podcast PodDelas.
“Tive uma coisa que chama Guillain-Barré, que é uma doença autoimune, que o seu próprio sistema imunológico, os seus nervos, vão te paralisando”, acrescentou.
O ator ignorou os sintomas da doença, acreditando tratar-se de algo psicológico: “Comecei a formigar tudo. Falei: ‘Cara, acho que é psicológico, meu nervosismo, meu pânico’.
“Mas eu nunca tive pânico. Achei que era isso, até o dia que eu não consegui mais levantar da cama, e no ensaio eu já estava caindo, sem equilíbrio”, listou.
Gianecchini precisou ser internado enquanto estava nos ensaios do novo trabalho e teve que conciliar o tratamento com a preparação para o espetáculo. “Hoje em dia, estar no palco também é um milagre”, celebrou.
O que é a síndrome de Guillain-Barré?
A síndrome de Guillain-Barré é uma condição autoimune, na qual o sistema imunológico ataca parte do sistema nervoso periférico.
Ela pode afetar os nervos que controlam o movimento muscular, assim como os que transmitem sensações de dor, temperatura e toque. Isso pode resultar em fraqueza muscular e perda de sensibilidade nas pernas e/ou braços.
A causa do problema é desconhecida, mas cerca de dois terços dos pacientes relatam sintomas de infecção nas quatro semanas anteriores. Ademais, a doença pode se manifestar em diferentes graus.
Nos quadros leves, há apenas uma alteração na sensibilidade dos membros e fraqueza muscular. Entretanto, em casos mais graves, pode ocorrer até paralisia da face e comprometimento da respiração.
Outros sintomas incluem: dormência, comichões, dor, problemas de equilíbrio e coordenação, sonolência, dificuldade para respirar, falar e/ou deglutir, retenção urinária, aumento ou queda da pressão arterial, arritmias cardíacas, visão dupla, alteração de reflexo, confusão mental, tremores e até mesmo coma.
O tratamento mais comum é a imunoglobulina, infusão na veia, realizada no hospital, por cinco dias seguidos. Outra opção, esta menos utilizada, é a plasmaferese, técnica que permite filtrar o plasma do sangue do paciente.
Grande parte das pessoas diagnosticadas com Guillain-Barré consegue se recuperar totalmente. Saiba mais: Síndrome de Guillain-Barré: Conheça a doença que fez Peru declarar emergência de saúde.