A diabetes, especialmente a mal controlada, é um dos fatores de risco para a demência. Inclusive, os pacientes que sofrem com a diabetes do tipo 2 podem apresentar o dobro do risco de desenvolver demência, em comparação a pessoas saudáveis, conforme apontou um estudo de 2021 do Karolinska Institutet na Suécia.
Mais recentemente, uma pesquisa da Coreia do Sul apontou que a pioglitazona, que é usada no tratamento da diabetes do tipo 2, pode estar associada a uma diminuição no risco de ter demência.
Em uma pesquisa rápida no site Consulta Remédios, é possível encontrar a caixa de 15 comprimidos de Cloridrato de Pioglitazona de 30 mg por aproximadamente R$ 45, o que equivale a cerca de R$ 3 o comprimido.
O estudo, publicado na revista Neurology, acompanhou a saúde de mais de 90 mil pessoas ao longo de uma década. Os pesquisadores compararam diversos marcadores de saúde dos participantes que tomavam o remédio aos de pessoas que não faziam uso do medicamento.
Então, eles observaram que o uso da pioglitazona estava associado a uma redução no risco de desenvolver demência de 22% e 37% por dois e quatro anos, respectivamente. Já entre aqueles que tinham histórico de doença cardíaca isquêmica e acidente vascular cerebral (derrame) antes do início da diabetes, a diminuição do risco foi de 54% e 43%, respectivamente.
Porém, quando o derrame se desenvolveu durante o período de observação do uso da pioglitazona, essa diminuição no risco de demência não foi observada.
Além disso, os participantes que usaram a pioglitazona também apresentaram uma propensão mais baixa de sofrer um derrame ao longo do período do estudo.
Vamos com calma
No entanto, nada de sair atrás do medicamento para diminuir os riscos de ter demência ou derrame, pois isso não é seguro. A pioglitazona é um medicamento que só pode ser usado por pessoas que sofrem com a diabetes, sempre de acordo com as orientações médicas.
O remédio pode provocar efeitos colaterais como inchaço, perda óssea, ganho de peso e insuficiência cardíaca. A equipe de pesquisadores por trás do estudo alertou que são necessárias mais pesquisas para avaliar a segurança do medicamento a longo prazo e determinar a dose ideal a ser administrada.
Além disso, os pesquisadores não sabem dizer se é a pioglitazona que diminui o risco de demência ou se é a melhoria dos sintomas da diabetes a responsável por essa associação. Talvez sejam os dois fatores. As informações são da Veja e da Mayo Clinic.