A atriz Selma Blair, que compartilha com os fãs sua luta contra os efeitos da esclerose múltipla desde que recebeu o diagnóstico, em 2018, afirma estar “verdadeiramente em remissão” e já planeja o retorno ao trabalho em Hollywood.

A atriz compartilhou seu atual estado de saúde. “Estou indo incrivelmente bem”, declarou à revista People durante a 9ª edição do Fashion Los Angeles Awards.
“Mas finalmente estou bem o suficiente para realmente, genuinamente — sempre tento me sentir o meu melhor — mas agora que realmente tenho resistência e energia, sair não é tão assustador”, confessou a estrela, que agora diz que adoraria retornar ao seu ofício de atuação.
“É engraçado, eu não passei tempo suficiente sonhando. E agora é tipo, quais são os meus sonhos?”, prosseguiu. “Acho que, desde o diagnóstico, você está cansada o tempo todo. Passei tanto tempo da minha vida tão cansada por estar doente que acho que só estava tentando passar o dia”, refletiu.
Selma Blair afirmou que não deixará de ser uma porta-voz das pessoas com doenças crônicas e que continuará usando suas plataformas e espaço na mídia por aqueles que continuam enfrentando as mesmas lutas que ela.
Sintomas ignorados
Durante o evento Flow Space Women’s Health Summir, em Los Angeles, Selma Blair abriu o jogo sobre seu quadro. “Fui diagnosticada com esclerose múltipla remitente-recorrente em 2018. Acontece que eu provavelmente tinha EM juvenil, já que minha primeira neurite óptica (inflamação do nervo óptico, que pode causar dor ao movimentar os olhos e perda temporária ou embaçamento da visão) foi quando eu tinha uns sete anos, o que me deixou com um ‘olho preguiçoso’ (condição também conhecida como ambliopia, quando um olho fica com a visão reduzida) por causa de danos nos nervos. Mas muita coisa passou despercebida a vida inteira”, recordou.
Além da inflamação no nervo óptico e a sequela na visão, Blair citou uma série de outros sintomas recorrentes na infância. “Fiz tomografias quando era criança, ia a consultas médicas e cheguei a ficar semanas internada em hospitais. Tinha febres, dores, uma fadiga interminável e esmagadora que ainda tenho”, detalhou.
“Minha mãe dizia: ‘Por que vocês não fazem uma ressonância nela?’ E eles respondiam: ‘Ah, ela não precisa, deve estar para menstruar’. Mas aí um menino da minha turma chegava com dor de cabeça e a primeira coisa que faziam era uma ressonância nele. Não é que estivessem errados em fazer isso por ele, mas é tipo… como assim? Só porque eu parecia bem, mesmo tendo dor de cabeça o tempo todo”, refletiu.








