A longevidade e a boa saúde são coisas construídas ao longo de toda a vida, começando bem no início, desde quando o bebê está na barriga da mãe. Afinal, a saúde da gestação e o acompanhamento pré-natal são fundamentais para o bem-estar do bebê.
Além disso, possuir um bom relacionamento com os pais também pode estar ligado a uma melhor saúde na vida adulta.
Uma mostra disso é um levantamento realizado pelo Children’s Hospital of Philadelphia, nos Estados Unidos, que identificou que laços fortes entre pais e filhos adolescentes estão associados a melhores indicadores de saúde em jovens adultos.
A pesquisa contou com dados de mais de 10 mil adolescentes, com idades entre 12 e 17 anos, que participaram de um estudo por mais de uma década.
Os participantes responderam a perguntas sobre a qualidade da comunicação com os pais, o carinho e o acolhimento em casa, o tempo passado em família e as expectativas acadêmicas.
Ao atingirem a faixa etária entre 24 e 32 anos, eles foram convidados a relatar o seu nível de estresse, depressão, otimismo, uso de substâncias tóxicas e outros indicadores de saúde.
Ao comparar o antes e depois (adolescência e fase adulta, respectivamente) do grupo, os resultados indicaram que aqueles que relataram um relacionamento mais satisfatório com os pais apresentaram um quadro mais positivo de saúde.
Isso enfatiza a importância dos laços afetivos e da comunicação saudável entre pais e filhos desde cedo, que podem influenciar positivamente o bem-estar emocional e físico na vida adulta.
Outra pesquisa, apresentada no Congresso Europeu de Psiquiatria, apontou que pode haver uma associação entre uma infância traumática e dificuldades no manejo da raiva na vida adulta.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores holandeses entrevistaram pessoas com idade entre 18 e 65 anos a respeito de sua infância e experiências traumáticas, que incluíam desde perdas dos pais até abusos físicos, emocionais ou sexuais.
Os relatos dos participantes correspondiam a diagnósticos de problemas emocionais, como ansiedade, depressão e agressividade.
A líder da pesquisa, psicóloga e professora da Universidade de Leiden, Nienke De Bles, afirmou que ela e sua equipe identificaram que pessoas ansiosas ou deprimidas, com histórico de negligência emocional e abuso físico ou psicológico, apresentaram um aumento de 1,3 a 2 vezes nas chances de ter problemas de raiva ou de comportamento antissocial.
Esses problemas podem impactar negativamente as interações interpessoais. As informações são do G1.
É fundamental fornecer apoio e intervenção adequados a essas pessoas, equipando-as com as ferramentas necessárias para lidar com suas emoções.
Além disso, ao abordar os desafios emocionais precocemente, é possível contribuir para um melhor bem-estar mental ao longo da vida.
Se cultivar um bom relacionamento com os pais têm relação com indicadores positivos de saúde ao longo da vida adulta, isso não significa que devemos abandonar a adoção de hábitos saudáveis e outras medidas preventivas desde a adolescência.
Na verdade, adotar hábitos saudáveis nessa fase é um investimento valioso para quem deseja ter uma vida longa e saudável.
Uma alimentação equilibrada e rica em nutrientes é essencial. Incluir frutas, vegetais, grãos integrais, gorduras saudáveis e proteínas magras na dieta diária é algo que contribui muito com a saúde.
Além disso, praticar atividade física regularmente, por meio de esportes, exercícios aeróbicos ou musculação, fortalece o corpo e promove a saúde.
Não podemos ignorar a importância de uma boa saúde mental, o que inclui aprender a lidar com o estresse, praticar a meditação e cultivar relacionamentos saudáveis.
Outro ponto crucial é evitar hábitos prejudiciais, como o consumo de tabaco, álcool em excesso e drogas ilícitas.
Essas substâncias podem causar danos irreparáveis ao corpo e à mente, comprometendo a qualidade de vida a longo prazo.
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