O estresse desencadeia respostas no organismo, que provocam sintomas prejudiciais à sua saúde. Os sintomas mais comuns são dor de cabeça, tensão muscular, insônia, irritabilidade, alteração do apetite e diminuição da libido.
Veja quais são os sintomas físicos, mentais e comportamentais causados pelo excesso de estresse.
Sintomas físicos causados pelo estresse

Dor de cabeça ou tontura
O tipo de dor de cabeça que mais acomete as pessoas é o tensional, e os principais gatilhos da cefaleia tensional são estresse e ansiedade.
Ela é caracterizada por dor nos dois lados da cabeça, mas também pode afetar a parte da frente e de trás. A sensação de aperto na cabeça aumenta e diminui com o decorrer do dia ou com o esforço físico.
Para tratar a cefaleia tensional causada pelo estresse, o tratamento deve combinar medicação com psicoterapia, a fim de reduzir o nível de estresse e ansiedade sentidos pela pessoa.
Outro problema comum é a sensação de tontura, que pode ser acompanhada de alteração do equilíbrio, pressão e zumbido no ouvido. Essa é uma condição conhecida como labirintite emocional.
Durante as crises, aconselha-se repousar até os sintomas desaparecerem e, se elas forem frequentes, buscar um acompanhamento psicológico.
Tensão ou dor muscular
O estresse promove a liberação de uma substância chamada adrenalina, responsável por reações físicas como batimentos cardíacos acelerados, suor excessivo, tensão e dor muscular.
Existem diversas opções de tratamento para a tensão e dor muscular, como massagens, alongamentos, exercícios físicos de força e equilíbrio, acupuntura e relaxante muscular de uso tópico e oral, confira algumas dicas.
Problemas estomacais
Fatores emocionais também aumentam a acidez estomacal, causando sintomas como azia, má digestão e dor ou desconforto abdominal. Esses sintomas estão presentes na gastrite, uma inflamação do revestimento do estômago.
Isso não significa que o estresse, por si só, cause gastrite, pois não provoca uma inflamação estomacal, mas pode causar sintomas bem semelhantes.
Problemas sexuais
O estresse elevado provoca o aumento do nível de cortisol, o hormônio do estresse, e diminui a produção de testosterona. A diminuição dos níveis desse hormônio pioram a sensação de cansaço e de falta de motivação, levando à redução do prazer e do desejo sexual.
Além da diminuição da libido, o estresse desequilibra algumas funções do sistema nervoso responsáveis por preparar o corpo masculino e feminino para a relação sexual, podendo tornar o ato desconfortável.
É preciso procurar ajuda médica para investigar se os problemas sexuais são apenas de causas emocionais, ou se há fatores orgânicos envolvidos, para que a terapia seja combinada e mais eficiente.
Sintomas mentais do estresse
Dificuldade de concentração e memorização
O estresse pode levar ao esgotamento físico e mental de uma pessoa, principalmente quando está relacionado com o trabalho. Como mencionado, o estresse excessivo leva à liberação de adrenalina, que deixa a pessoa muito acelerada.
Como consequência dessa excitação mental elevada, o cérebro sente maior dificuldade em se concentrar em uma tarefa e memorizar informações importantes. Veja mais detalhes de como as emoções impactam a memória.
O tratamento desses sintomas é feito com psicoterapia e inclusão de hábitos saudáveis, que ajudam a controlar o estresse e melhorar a saúde física e mental, por exemplo com a prática regular de atividades físicas e de lazer.
Dificuldade para tomar decisões
Um estudo laboratorial com ratos mostrou que o estresse é capaz de alterar as atividades dos neurônios em regiões do cérebro responsáveis pelo comportamento e pelo processo de tomada de decisões.
Os ratos que foram submetidos a situações muito estressantes desenvolveram comportamentos mais agressivos e tiveram dificuldade em decidir nos desafios montados no projeto científico.
Isso significa que as formas como avaliamos os desafios, as possibilidades e como decidimos estão relacionadas com o nível de estresse e o quanto ele afeta os processos neuronais envolvidos no processo de escolha. O estresse excessivo atrapalha a tomada de decisão, reduz a motivação e o foco das nossas ações.
Sobrecarga emocional
Um problema que é quase sinônimo de estresse é a sobrecarga emocional, que é quando as emoções tomam uma proporção tão grande, que a pessoa não é capaz de processar ou lidar com elas.
Para retomar o controle das emoções, é necessário reconhecer os próprios limites e evitar a comparação com outras pessoas para, assim, entender as demandas e resolver os problemas. Veja alguns truques para lidar com a sobrecarga mental.
Preocupação constante
A preocupação constante é um sinal de alerta pois está presente independentemente da realidade, ou seja, não importa que a realidade não ofereça riscos, a pessoa sente-se preocupada o tempo inteiro.
Nesse caso, os problemas tornam-se ideias fixas na mente, causando muita perturbação e angústia. Ao iniciar o dia, todo o cronograma passa pela mente e vários cenários negativos são criados para cada tarefa que a pessoa precisa desempenhar. Muitos desses cenários são fantasiosos e improváveis de acontecer na realidade, gerando um sofrimento desnecessário.
Desse modo, o estresse e a ansiedade elevam-se em níveis extremos, causando prejuízos à saúde física e mental.
É necessário um acompanhamento psicológico para que a pessoa aprenda ferramentas que a ajudarão a distinguir o que é real e o que é apenas fruto da imaginação, contaminada pelo estresse.
Sintomas comportamentais relacionados ao estresse
Irritabilidade e mau humor
O estresse deixa as pessoas mais impacientes, irritadas com as tarefas e com os outros, cansadas e mal-humoradas.
Para aliviar esses sintomas, é necessário criar mais oportunidades ao longo do dia para descansar e cuidar da saúde mental. Alguns minutos de descanso entre as tarefas e obrigações podem fornecer o alívio necessário para enfrentar o dia com mais tranquilidade.
Distúrbios do sono
O estresse é um grande fator de risco para a insônia e mudanças no padrão de sono, devido ao aumento dos níveis de cortisol e adrenalina.
Ele provoca dificuldades para pegar no sono ou pode deixá-lo muito fragmentado ao longo da noite. E, após acordar no meio da noite, geralmente há dificuldade de retomar o sono.
A principal consequência é a sonolência diurna, que contribui para alterações do humor, redução da capacidade de concentração e memorização, e piora dos sinais e sintomas relacionados ao estresse.
Existem algumas ações que podem te ajudar a dormir melhor e minimizar os sintomas do estresse, conhecidas como higiene do sono. Veja mais detalhes sobre esse conjunto de práticas noturnas e como fazê-las.
Alterações do apetite
O aumento dos níveis de cortisol e adrenalina causado pelo estresse leva à maior produção de suco gástrico, que tem como objetivo acelerar a digestão. Isso pode provocar náuseas, azia e diarreia em algumas pessoas, e o resultado desses desconfortos pode ser a falta de apetite.
Entretanto, algumas pessoas respondem de maneira diferente ao mesmo problema, ou seja, comendo além do necessário, por uma “fome emocional“. Isso porque essas pessoas procuram nos alimentos o alívio, o conforto e o prazer, inexistentes em suas realidades estressantes.
Seja qual for o tipo de reação, as alterações de apetite não são saudáveis e podem acarretar em problemas mais sérios, como distúrbios alimentares, problemas digestivos e obesidade.
Insistir em dietas restritivas, sem um acompanhamento psicológico, pode causar sentimentos de culpa e fracasso, que só pioram o estresse. O ideal é associar a terapia com alimentação equilibrada e exercícios físicos.
Beber ou fumar com mais frequência
Assim como acontece com os alimentos, o estresse pode levar algumas pessoas a procurarem o alívio da tensão e da ansiedade na ingestão de bebidas alcoólicas e no cigarro.
Esses vícios funcionam como uma válvula de escape, mas pioram a qualidade de vida, a saúde e as relações sociais e familiares.
É preciso buscar o tratamento adequado e reorganizar a rotina com outras atividades que possam gerar prazer e aliviar o estresse, sem prejudicar a saúde.
Fontes e referências adicionais
- Dor de cabeça: como o estresse e a ansiedade podem ser possíveis gatilhos, Academia Brasileira de Neurologia
- Tudo sobre o estresse, Hospital Israelita Albert Einstein
- Como é que o stress influencia as decisões?, Observador
Fontes e referências adicionais
- Dor de cabeça: como o estresse e a ansiedade podem ser possíveis gatilhos, Academia Brasileira de Neurologia
- Tudo sobre o estresse, Hospital Israelita Albert Einstein
- Como é que o stress influencia as decisões?, Observador