Em Belfast, na Irlanda do Norte, um grave incidente tem chamado a atenção de algumas pessoas. Uma jovem de 12 anos, que já enfrentava problemas respiratórios devido à asma, foi acometida por uma intensa infecção respiratória e quase perdeu a vida após o uso de vape, uma versão eletrônica do cigarro.
O Hospital Royal Victoria foi cenário para três dias de angústia, onde a menina, Sarah, foi mantida em coma induzido, em meio a uma batalha contra a infecção. Os baixos níveis de oxigênio no corpo da jovem fizeram soar o alerta médico que prontamente direcionou seus cuidados à terapia intensiva.
Os primeiros sintomas apresentados por Sarah foram uma tosse que parecia, a princípio, sintoma comum de sua asma. Sua mãe, Mary Griffin, preocupada, optou por nebulizações como medida inicial. Contudo, a persistência dos sintomas, associados ao desconforto e medo expressados por Sarah, culminaram em uma visita emergencial ao hospital. Foi através de radiografias dos pulmões que os médicos constataram os graves danos.
O impacto dos cigarros eletrônicos no sistema respiratório é motivo de grande preocupação. Segundo declarações médicas repassadas à família, a capacidade de combate à infecção de Sarah poderia ter sido ampliada caso não houvesse o uso do vape. A situação foi tão crítica que um atraso na chegada ao hospital poderia ter tido um desfecho trágico.
Ao longo de sua hospitalização, a jovem esteve rodeada por um cenário que mais parecia um pesadelo, conforme descreveu Mary Griffin. Tubos, fios e máquinas auxiliavam a respiração da jovem e o desespero tomou conta dos corredores do hospital.
Felizmente, após os intensos três dias, os profissionais de saúde consideraram seguro retirar a jovem do coma induzido, trazendo alívio para sua família.
Entretanto, a história de Sarah ressalta a importância de uma mensagem clara sobre os perigos dos cigarros eletrônicos. Fidelma Carter, chefe de saúde do Chest Heart & Stroke da Irlanda do Norte, destaca que é um erro pensar que os vaporizadores são totalmente seguros comparados aos cigarros comuns.
Segundo ela, é fundamental reverter esta percepção, especialmente entre os jovens, para evitar a adoção desse hábito potencialmente perigoso. Carter enfatiza ainda que os efeitos de longo prazo dos vapes permanecem incertos, uma situação similar ao que se conhecia sobre o tabaco há décadas atrás.
Portanto, ao considerar alternativas ao cigarro tradicional, é fundamental estar ciente dos riscos. A saúde é um bem precioso, e decisões informadas são essenciais para garantir um futuro saudável e sem arrependimentos.