A diverticulite aguda é uma inflamação ou infecção de pequenas bolsas localizadas nas paredes dos intestinos. Ela pode envolver desde um pequeno abscesso em uma ou mais bolsas até uma infecção maciça e perfuração do intestino. No divertículo, uma pequena quantidade de fezes pode penetrar e ficar retida. Ali, se houver condições favoráveis, colônias de bactérias podem se alojar.
Embora sua maior incidência seja entre as pessoas mais velhas, ela também pode atingir os mais jovens e estima-se que aproximadamente 80% dos idosos com mais de 70 anos têm divertículos e um terço deles terá diverticulite. Aprenda os sintomas e causas da diverticulite.
As complicações causadas pela diverticulite incluem a obstrução do intestino devido à cicatrização e abertura de um divertículo. Uma complicação rara, mas potencialmente fatal, chamada peritonite, pode ocorrer quando um ou mais divertículos se abrem, vazando micróbios causadores de infecção para a cavidade abdominal. Descubra se a diverticulite pode matar.
Para quem se preocupa se a cirurgia de diverticulite é perigosa, vale muito a pena reservar um tempo para sentar com o médico, conversar sobre todas as etapas da cirurgia que for recomendada por ele, tirar todas as dúvidas a respeito do procedimento, perguntar sobre as possíveis complicações e o que pode ser feito caso elas ocorram e questionar por quais motivos a cirurgia é realmente necessária. Conheça o tipo de cirurgia adequada para quem sofre de diverticulite.
Essa é uma doença que pode ser tratada principalmente se seus sintomas forem reconhecidos precocemente; além disso, algumas medidas para prevenir o aparecimento de crises podem ser adotadas.
Vamos entender o que é a diverticulite aguda, conhecer melhor os seus sintomas para saber identificá-la, além da melhor dieta e tratamento.
Os divertículos são pequenas bolsas salientes que podem se formar no revestimento do sistema digestivo. Eles são encontrados com mais frequência na parte inferior do intestino grosso e são comuns, especialmente após os 40 anos, e raramente causam problemas.
Essas bolsas se formam quando os pontos fracos na parede intestinal se projetam para fora. Quando essas bolsas ficam inflamadas, ou bactérias se acumulam nelas, surge uma infecção chamada diverticulite.
A diverticulite pode ser aguda ou crônica. A diverticulite aguda pode se manifestar com um ou mais ataques graves de infecção e inflamação. Na diverticulite crônica, a inflamação e a infecção podem diminuir, mas podem nunca desaparecer completamente.
A diverticulite geralmente requer tratamento porque causa sintomas e pode levar a complicações graves de saúde.
Um episódio de diverticulite pode ser agudo ou de curto prazo, mas não é definitivo. Um estudo realizado com pessoas que experimentaram um episódio de diverticulite demonstrou que cerca de 39% dos indivíduos tiveram outro ataque agudo dentro de cinco anos.
Para alguns, a diverticulite pode evoluir para um problema crônico ou de longo prazo. Para essas pessoas, a condição pode ser muito mais séria e uma cirurgia para remover o tecido doente é geralmente considerada.
Segundo estudo publicado em 2011 no periódico Canadian Journal of Gastroenterology, mais de 75% dos casos de diverticulite são simples e agudos, mas em 25% do total de casos problemas sérios ou complicações de saúde podem se desenvolver por causa da diverticulite. Alguns deles incluem febre, náusea, dor abdominal intensa, fístula anal, perfuração intestinal, obstrução intestinal, abscesso ou inflamação no tecido e sangue nas fezes.
Muitos fatores podem desenvolver a diverticulite, mas o principal costuma ser a idade. A questão é que quanto mais você envelhece, maior o risco de desenvolver essa condição.
Um estudo de revisão científica publicado em 2018 na revista Nutrients sugere que além do envelhecimento, outros fatores de risco para a diverticulite são o aumento da gordura no abdômen, a dieta inadequada e o estilo de vida sedentário.
A diverticulose que é a precursora da diverticulite costuma ser comum em adultos, especialmente acima de 60 anos, mas os jovens têm seu próprio nível de risco e um estudo descobriu que quando a diverticulose é diagnosticada ainda na juventude o risco de a doença progredir para diverticulite é muito menor.
De acordo com estimativas veiculadas pelo National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases, menos de 5% das pessoas com diverticulose desenvolvem diverticulite.
Não existe um motivo especifico, mas sim uma combinação de fatores genéticos e ambientais que contribuem para provocar um episódio de diverticulite aguda que causa infecção e inflamação. Atualmente, as pesquisas apoiam vários fatores de risco, que incluem:
Os sintomas de diverticulite são mais evidentes e incluem dor abdominal intensa e febre. A diverticulite aguda pode se manifestar com um ou mais ataques graves de infecção e inflamação.
A inflamação pode eventualmente resultar em obstrução intestinal, que pode causar constipação, fezes finas, diarreia, inchaço abdominal ou inchaço e dor abdominal. Se a obstrução persistir, a dor e a sensibilidade abdominal aumentarão e você poderá sentir náuseas e vômitos.
A falta de gerenciamento dos sintomas da diverticulite aguda pode levar a complicações graves que requerem cirurgia, incluindo:
Para realizar o diagnóstico correto, perguntas sobre os sintomas percebidos, histórico de saúde e medicamentos que você toma são feitas. Além disso, um exame físico no abdômen para avaliar a sensibilidade no local e um exame retal digital para verificar se há sangramento, dor, massas ou outros problemas podem ser feitos.
O que dificulta um pouco o diagnóstico da diverticulite é que os sintomas da inflamação podem ser muito semelhantes a outros problemas de saúde. Para descartar tais condições, é importante analisar com muito cuidado os sintomas e fazer diferentes exames laboratoriais ou de imagem para auxiliar no diagnóstico clínico.
Para que o diagnóstico seja preciso, outros exames podem ser solicitados, entre eles:
A diverticulite aguda pode apresentar sintomas graves de infecção e inflamação. Um ataque repentino pode assustar, principalmente se você nunca sentiu uma dor como essa na região abdominal.
O tratamento recomendado pelo médico vai depender da gravidade da crise e pode incluir alterações na dieta e uso de medicamentos.
Se após realizar os exames necessários, foi diagnosticado a diverticulite sem outros problemas, possivelmente seu tratamento será mais simples. Os tratamentos para diverticulite não complicada incluem:
Antibióticos orais
Como a diverticulite aguda é a inflamação ou infecção de um divertículo, o médico pode receitar antibióticos orais. Eles são geralmente a primeira abordagem de tratamento após o diagnóstico.
O objetivo dos antibióticos é retardar o crescimento de bactérias e ajudar a eliminar infecções, mas eles nem sempre são necessários para ataques leves. Existem vários estudos que sugerem que pular o antibiótico interfere as complicações se as taxas de recorrência de diverticulite leve e descomplicada.
Se houver suspeita de infecção, o seu médico avaliará a necessidade para fazer essa recomendação. Caso um antibiótico como o metronidazol, a amoxicilina ou a mocifloxacina for indicado, é indispensável tomas o medicamento exatamente como prescrito durante todo o curso do tratamento – mesmo que os sintomas melhorem nos primeiros dias – para evitar criar bactérias resistentes que serão mais difíceis de tratar no futuro.
Medicação para dor
A medicação para a dor também é receitada, mas a dor pode levar alguns dias para passar em episódios de diverticulite não complicada. Geralmente o analgésico que controla melhor a diverticulite é o acetaminofeno.
Esse tipo de analgésico pode ser obtido nas farmácias sem a necessidade de apresentar uma receita médica, mas é importante evitar a automedicação, ainda mais se as crises de diverticulite aguda forem frequentes ou demorarem para passar.
Dieta
Uma dieta para diverticulite é algo que seu médico pode recomendar como parte de um plano de tratamento de curto prazo para diverticulite aguda. Ela retorna ao normal gradualmente à medida que seus sintomas melhoram, ao longo de dois a três dias.
A dieta líquida é a melhor opção, pois o cólon precisa descansar e quanto menos irritação persistir, mais rápido esse quadro terá uma melhora. Fazer uma dieta líquida por alguns dias ajuda o trato digestivo a se curar, e então você pode gradualmente reintroduzir alimentos sólidos de baixo teor de fibras em sua dieta, como ovos, peixe, feijão verde, cenoura, arroz branco, pão branco refinado e aves.
Veja a relação de alimentos líquidos para ingerir:
Quando começar a se sentir melhor, outros alimentos com pouca fibra podem ser adicionados lentamente. Exemplos de alimentos com baixo teor de fibras incluem:
A diverticulite complicada requer um tratamento que muitas vezes não é tão simples. Ela é definida pela presença de uma condição mais avançada, como perfuração, abscesso, fístula, obstrução intestinal ou sangramento e provavelmente a hospitalização e outros procedimentos podem ser necessários para corrigir o problema. Veja possíveis opções:
Antibioticoterapia intravenosa
Essa condição envolve receber analgésicos e antibióticos por via intravenosa enquanto estiver no hospital. A terapia intravenosa é eficaz porque a medicação entra em sua corrente sanguínea e começa a funcionar mais rapidamente.
Esse tipo de intervenção é necessário porque em casos mais graves de diverticulite há o risco de a infecção se espalhar, principalmente se houver problemas como abscesso ou perfuração intestinal. Assim, quanto antes a infecção for controlada, melhor.
Cirurgia
Caso a diverticulite aguda avance uma possibilidade de cirurgia pode ser discutida. Dois possíveis cenários são considerados como tratamento para diverticulite:
Embora a cirurgia geralmente seja para ataques complicados, também há a opção de cirurgia eletiva se você tiver dois ou mais ataques de diverticulite aguda e sem complicações.
Prevenção
Uma dieta pode desempenhar um papel no tratamento, mas também na prevenção. Certifique-se de manter o bom funcionamento dos intestinos.
A diverticulite aguda não representa um grande risco para a saúde da maioria das pessoas, porém quando as complicações se desenvolvem, elas podem ser muito graves e podem exigir cuidados médicos imediatos, incluindo cirurgia.
Outro ponto preocupante é que cada vez mais pessoas mais jovens obesas são diagnosticadas com diverticulite aguda, o que é preocupante. Portanto, se você tem diverticulite ou está preocupado com o risco de contrair a doença, a melhor coisa a fazer é conversar com seu médico. Ele pode fazer recomendações para reduzir o risco de contrair a doença ou ajudar a reduzir os sintomas ou o risco de recorrência.
Referência adicionais:
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