No Parque Nacional da Serra dos Órgãos, na Região Serrana do Rio de Janeiro, Ricardo Medeiros de Oliveira, um homem de 48 anos, foi notificado durante uma caminhada de que, após nove anos de espera, um rim compatível estava disponível para transplante em Juiz de Fora, Minas Gerais, a cerca de 120 quilômetros de distância.
Ricardo estava na trilha da Pedra do Sino, localizada entre Petrópolis e Teresópolis, quando recebeu a notícia inesperada e emocionante. Em condições normais, dirigir até Juiz de Fora levaria aproximadamente duas horas. Contudo, a complicação era que Ricardo se encontrava a uma altitude de 2.280 metros, tornando impossível o retorno a pé dadas as circunstâncias.
Para assegurar que Ricardo chegasse ao hospital no prazo essencial de três horas após a notificação, uma equipe de dez militares, juntamente com duas aeronaves do Corpo de Bombeiros, foi rapidamente mobilizada para o resgate.
O coronel Leandro Monteiro, secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, enfatizou a gravidade da situação devido à difícil acessibilidade do local. Ele também mencionou a peculiaridade do cenário, destacando a importância do momento, considerando o longo período de espera de Ricardo pelo rim.
O processo de resgate apresentou seus próprios desafios. Rachel Lopes, comandante do Grupamento de Operações Aéreas dos bombeiros, relembrou a dificuldade enfrentada devido às condições climáticas instáveis e à localização de Ricardo no terreno acidentado da montanha.
Durante o resgate, Ricardo estava equipado com sua mochila de trilha e roupas de caminhada, posicionado na borda da montanha, esperando ansiosamente pela chegada dos socorristas. Ricardo subiu no helicóptero enquanto este ainda pairava no ar, sem tocar no solo.
O esforço conjunto da equipe de resgate e a determinação de Ricardo valeram a pena. Após ser resgatado em menos de duas horas, ele foi transportado com sucesso para a Santa Casa de Juiz de Fora, onde passou por uma cirurgia de transplante de rim bem-sucedida.
O grito “Vai, Ricardinho!” dado por uma das pessoas que acompanhava o resgate reflete a comemoração que marcou esse acontecimento impressionante.