Durante o confronto entre Brasil e Uruguai, válido pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, ocorrido na última semana, Neymar sofreu uma entorse significativa em seu joelho esquerdo. Ao analisar os exames, a CBF confirmou um diagnóstico preocupante: ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) e lesão de menisco.
Esta lesão, temida por atletas de alto rendimento, significa um período prolongado afastado do esporte, podendo chegar a seis meses. Neymar, atacante da nossa seleção brasileira e do clube Al-Hilal, agora encara um processo cirúrgico de reconstrução do LCA.
Nesse tipo de trauma, ocorre a flexão do joelho, juntamente com um mecanismo de valgo, que representa a abertura interna do joelho e uma rotação do fêmur sobre a tíbia.
A lesão de LCA pode ter várias causas:
- Entorse (como o ocorrido com Neymar), que é a mais frequente.
- Hiperextensão, quando o joelho é estendido além do normal e o cruzado não suporta.
- Quedas de mesma altura, levando a contusões diretas no joelho.
Os médicos especialistas detalham que, dependendo da intensidade do trauma e do peso do atleta, diferentes estruturas do joelho podem ser afetadas sequencialmente. No caso de Neymar, além da ruptura do LCA, também foi identificada a lesão de menisco.
Os sintomas dessa lesão são claros: dor intensa, inchaço e, muitas vezes, incapacidade de apoiar o pé. No momento da ruptura, é comum sentir um estalo no joelho. Esse quadro pode evoluir com agravamento da dor devido ao acúmulo de sangue interno, conhecido como hemartrose.
Para o diagnóstico, um exame físico inicial é crucial, seguido de uma ressonância magnética para confirmação.
Tratamento e recuperação
O tratamento varia conforme a gravidade da lesão e o perfil do paciente. Nos atletas profissionais, como Neymar, a cirurgia de reconstrução do LCA é realizada imediatamente após a confirmação da ruptura, podendo ser associada à sutura ou retirada de menisco.
A comunidade médica ressalta que o ligamento cruzado anterior não se regenera por si só, tornando a cirurgia a melhor alternativa. No cenário esportivo atual, o consenso é operar, principalmente atletas profissionais, para garantir uma recuperação mais rápida e eficaz.
O tempo de reabilitação pós-cirúrgico é extenso. A fisioterapia e o fortalecimento podem durar até seis meses, seguidos de um período de transição para o esporte. No caso de atletas do calibre de Neymar, o ideal é um retorno ao esporte em, no mínimo, seis meses para garantir a segurança e integridade do ligamento recuperado.
Detalhes da cirurgia
O procedimento cirúrgico envolve a utilização de um enxerto, geralmente retirado de outras partes do corpo do paciente, como os músculos da coxa ou tendões específicos. Esse enxerto, ao ser inserido no joelho, passa por um processo de ligamentização, transformando-se, efetivamente, em um novo ligamento cruzado anterior. O tempo para essa transformação varia de seis a oito meses.