Piercing com queloide: pode furar o mesmo lugar após retirar a joia?

publicado em 17/04/2023

Depois de passar anos sonhando em ter um piercing, você finalmente realizou o sonho, escolheu uma joia bem linda para colocar e ficou super feliz com o resultado.

Mas, mesmo depois de tomar todos os cuidados possíveis com a ferida para evitar inflamações e complicações, você acordou um dia pela manhã e percebeu que ela formou uma queloide. E agora, o que fazer? Veja a seguir.

A queloide

Em primeiro lugar, é importante entender o que é uma queloide. Bem, a queloide é uma cicatrização anormal, ou seja, em que ocorre uma resposta cicatricial exagerada por parte do organismo.

Especialistas ainda não entendem completamente o que causa as cicatrizes de queloide, mas a maioria deles acredita que provavelmente se trata de uma disfunção do processo de cicatrização de feridas. Isso tem uma relação com o colágeno: ele é útil para a cicatrização de feridas, mas quando o corpo produz muito colágeno, as queloides podem se formar.

Elevada, com aparência de caroço e de tamanho maior que uma cicatriz normal, a queloide pode surgir após qualquer dano ou lesão na pele que precise de cicatrização, como a colocação de um piercing, e se espalhar além da área onde esse dano ou lesão originalmente ocorreu.

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Ao mesmo tempo, as queloides geralmente não contém pelos, variam de uma textura macia à firme e podem ser vermelhas ou roxas no início, antes de se tornarem marrons ou pálidas, dependendo da cor da pele da pessoa.

Uma queloide pode durar anos e, em alguns casos, ela não se desenvolve meses ou anos depois da lesão inicial. Geralmente, uma queloide é indolor, mas há casos em que pode haver sim dor, além de sensibilidade, coceira e sensação de ardor.

As queloides não são contagiosas ou cancerígenas, mas podem se tornar um problema de aparência dependendo da sua localização.

Piercing com queloide

Ao perceber ou desconfiar que a área onde você colocou o piercing formou uma queloide, a orientação é procurar a ajuda de um dermatologista, que vai indicar como tratar o problema, conforme o tamanho e a localização da queloide.

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O médico vai avaliar a queloide, os seus sintomas e possivelmente vai recomendar a remoção do piercing de imediato para dar início ao tratamento, de acordo com o seu caso em particular.

Se for uma queloide pequena, o médico pode indicar a aplicação de um gel tópico de silicone, por exemplo. Há ainda as queloides que são tratadas com injeções de esteróide, que promovem a quebra do excesso de colágeno e encolhem a cicatriz.

Já uma queloide grande pode precisar de uma intervenção cirúrgica. No entanto, como as queloides removidas por cirurgia costumam retornar, a opção é empregada ao lado de outros tratamentos como a injeção de esteróide ou um curativo especial que coloca pressão na queloide.

Por falar nisso, no caso de uma queloide devido a um piercing colocado no lóbulo da orelha, o dermatologista pode indicar ainda o uso de um brinco de pressão para controlar a queloide.

A Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde ainda cita a radioterapia local, a crioterapia (congelamento) e a laserterapia como opções de tratamento para uma queloide.

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Pode furar o mesmo lugar após retirar a joia?

Furar o mesmo local em que surgiu uma queloide, mesmo após a melhora do problema, não é a melhor das ideias. O ideal é não recolocar o piercing no mesmo local, pois há chances que a queloide se forme novamente.

De acordo com o United Kingdom National Health Service (Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido), se uma pessoa já teve uma queloide antes, é mais provável que ela desenvolva uma queloide novamente no futuro.

Portanto, depois de ver a sua queloide amenizar e melhorar pode não valer a pena fazer um piercing no mesmo local (ou até mesmo em outra região do corpo), já que há o risco de uma queloide se formar outra vez e ser necessário passar por todo o processo de tratá-la novamente.