Em uma entrevista realizada em 2023, pouco tempo após descobrir um câncer colorretal, Preta Gil deixou um alerta para alguns sintomas comuns da doença. A cantora morreu neste último domingo (20).

A artista falou sobre o assunto em bate-papo com Ana Maria Braga, apresentadora do ‘Mais Você’, programa matutino da Globo. “Isso é uma coisa muito importante de falar porque a gente normaliza muitas coisas no nosso dia a dia por conta de correria, de priorizar o trabalho e a saúde fica em segundo plano”, detalhou Preta Gil.
Na sequência, a filha de Gilberto Gil reforçou a importância de prestar atenção nos sinais do corpo. “No meu caso, já estava há uns seis meses com uma prisão de ventre absolutamente exagerada, dez dias sem ir ao banheiro. Quando eu fazia, as fezes (vinham) com sangue, com muco, tinham um formato diferente. Ela saía achatada e eu olhava aquilo e achava normal, não liguei”, admitiu.
Preta Gil também explicou que as fezes saíam nesse formato porque o câncer dela, que era no reto (parte final do intestino), pressionava as fezes, que se achatavam, fazendo a conhecida como ‘forma de fita’.
“Também comecei a ter picos de pressão alta, muita dor de cabeça. Tanto que na primeira internação que eu tive, o diagnóstico foi uma cefaleia e me indicaram procurar um neurologista”, completou a famosa.
No entanto, no dia seguinte á consulta, Preta Gil foi ao banheiro – como fazia todas as manhãs – e sentiu sangue escorrendo pelas pernas. “Não era pouco, era muito sangue. Comecei a me sentir mal, tive um desmaio, me levaram ás pressas para o hospital e quando cheguei na emergência, os médicos já pediram exames como tomografia e ressonância e na primeira tomografia, já apareceu o tumor”, recordou.
A cantora não precisou fazer a colonoscopia – exame que permite visualizar o interior do intestino grosso, conhecido como cólon, e da porção final do intestino delgado, o íleo terminal. O método utiliza um colonoscópio, tubo fino e flexível com uma microcâmera e iluminação na ponta, inserido pelo reto e avançado até o ceco (porção inicial do intestino grosso) ou o íleo terminal.
“É um exame muito importante, indicado para todo mundo a partir dos 45 anos e se você tem algum caso na família de câncer no intestino. Na colonoscopia, que não é um exame muito acessível, você descobre os pólipos e tira na hora, no próprio exame, porque ele pode virar um câncer”, pontuou Preta.
Por fim, Gil enfatizou o aumento do número de casos de câncer colorretal, como o dela, e destacou a importância de fazer exames preventivos.