Em nosso cotidiano agitado, é comum ficarmos horas a fio sentados — seja assistindo a TV, trabalhando ou presos no trânsito. No entanto, estudos têm mostrado que adotar um estilo de vida sedentário pode estar diretamente ligado a problemas de saúde alarmantes, incluindo obesidade e complicações cardiovasculares, que potencialmente levam a mortes prematuras.
Uma revelação recente de pesquisadores da Universidade Ártica da Noruega trouxe uma nova perspectiva sobre essa questão.
O estudo, publicado no renomado The British Medical Journal (BMJ) em 6 de outubro, aponta que dedicar apenas 22 minutos por dia a atividades físicas pode ser a chave para reduzir substancialmente o risco de morte prematura associado ao sedentarismo.
A melhor parte? Não é necessário marcar um horário na academia ou adotar um regime de treinos intensos. Benefícios notáveis são observados mesmo em atividades cotidianas simples, como subir escadas ou realizar tarefas domésticas como a limpeza de varandas.
Assim, fica fácil integrar esses preciosos minutos de atividade em nossa rotina diária, o que torna a informação ainda mais valiosa para quem busca manter uma vida saudável sem grandes alterações em sua rotina.
Os dados por trás dessa descoberta são fruto da análise de quatro estudos internacionais robustos. Os pesquisadores examinaram informações de saúde de cerca de 12 mil adultos, todos com 50 anos ou mais, originários de dois estudos na Noruega, um na Suécia e outro nos Estados Unidos.
Ao longo de aproximadamente cinco anos, esses participantes usaram dispositivos, como relógios ou pulseiras, para monitorar suas atividades físicas diárias.
O estudo foi meticuloso e levou em consideração variáveis como gênero, índice de massa corporal (IMC), nível de escolaridade, consumo de álcool, tabagismo, bem como históricos de doenças cardíacas, câncer e diabetes.
No transcorrer da pesquisa, infelizmente, 805 desses participantes vieram a óbito. Uma análise mais aprofundada mostrou que estar sentado por mais de 12 horas ao dia estava associado a um aumento de 38% no risco de mortalidade.
No entanto, esse risco elevado se limitava apenas àqueles que não realizavam ao menos os mencionados 22 minutos diários de atividade física.
Vale ressaltar a natureza observacional do estudo, o que impede que sejam feitas conclusões definitivas sobre causa e efeito. No entanto, seus resultados estão em consonância com pesquisas anteriores que já investigaram a relação entre tempo sedentário, atividade física e riscos de mortalidade.
E, como ressaltou Edvard Sagelv, um dos autores da pesquisa, que quanto mais atividade, melhor. É uma dica simples, mas que pode ser um divisor de águas na busca por uma vida mais longa e saudável.
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