Embora se exercitar apenas uma vez na semana traga alguns benefícios para a saúde, os resultados de uma pesquisa brasileira sugerem que, para se proteger da disfunção erétil, é necessário distribuir a atividade física ao longo da semana. Portanto, a constância é determinante na melhora da condição.

A conclusão foi publicada na revista científica Preventive Medicine. Os cientistas analisaram o padrão de exercícios e a saúde sexual de 15.655 homens com mais de 40 anos atendidos entre 2008 e 2022 no Hospital Israelita Albert Einstein.
Três grupos de homens foram investigados: os sedentários, os que faziam atividade apenas no fim de semana e os que mantinham uma rotina de exercícios distribuída em, pelo menos, três sessões por semana. A prevalência geral de disfunção erétil nos grupos estudados foi de 22,4%.
No início da análise, os conhecidos como “guerreiros do fim de semana” teriam uma menor incidência do problema comparados aos sedentários. No entanto, após ajustes estatísticos levando em consideração fatores como idade, doenças pré-existentes e outras condições de saúde, a proteção atribuída ao exercício concentrado no fim de semana deixou de ser significativa.
O grupo que praticava atividade física regularmente, por sua vez, manteve um risco reduzido de disfunção erétil mesmo após os ajustes. Os autores pontuam que isso indica que o fator determinante não é apenas a quantidade de exercício acumulada semanalmente, mas a frequência com que ele é realizado.
A prática regular favorece mecanismos fisiológicos, com um bom funcionamento dos vasos sanguíneos e a melhora da circulação, essenciais para a função sexual.
O estudo enfatiza que o exercício físico atua na saúde sexual masculina como reflexo de benefícios mais amplos no organismo. Problemas como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares, todos relacionados ao sedentarismo, também aumentam o risco de disfunção erétil.








