7 Alimentos para Combater a Enxaqueca

atualizado em

Dores de cabeça intensas e debilitantes – é assim que a enxaqueca pode ser descrita. Essa condição dolorosa é um problema neurológico e costuma vir de família, já que o histórico familiar é um dos fatores de riscos mais comuns para a doença.

As mulheres têm uma tendência maior do que os homens a desenvolver a condição. Nem todas as crianças saem ilesas do risco de sofrer com a enxaqueca desde pequenos: ela pode começar durante a infância, ainda que existam chances de que a doença não apareça até o início da idade adulta.

Além disso, a condição é dividida em três etapas: pródromo, fase de ataque e pós-drome. Durante a primeira, que é iniciada um ou dois dias antes da dor de cabeça em si, podem aparecer sintomas como: desejos por comida, depressão, fadiga ou pouca energia, bocejo frequente, hiperatividade, irritabilidade, rigidez do pescoço e problemas de visão, sensibilidade, movimento e fala.

O período seguinte da enxaqueca é conhecido como a fase de ataque, que é a etapa mais aguda e severa da condição e é quando a enxaqueca em si acontece. Ela inclui os seguintes sinais: aumento da sensibilidade à luz ou ao som, náusea, vertigem, sensação de desmaio, dor em um lado na cabeça que pode ser na direita, na esquerda, da frente, atrás ou nas têmporas, dor de cabeça palpitante e latejante e vômito.

Após a fase de ataque, a que chega é o pós-drome, etapa na qual a pessoa geralmente experimenta mudanças de humor e sentimentos, que podem oscilar entre sentir-se extremamente feliz e eufórico a ficar fatigado e apático. No período, também pode haver a persistência de uma dor de cabeça leve e atenuada.

  Continua Depois da Publicidade  

A duração e a intensidade das fases descritas acima podem acontecer em diferentes graus para diferentes pessoas e, em alguns casos, é possível que uma dessas etapas seja pulada ou que a enxaqueca ocorra até mesmo sem a presença de uma dor de cabeça.

7 alimentos para combater a enxaqueca

Se você já experimentou esses sintomas e/ou acha que pode sofrer com a enxaqueca, o ideal é que consulte rapidamente um médico para ter a confirmação do diagnóstico, saber como o seu quadro deve ser tratado e conhecer quais estratégias melhoram a enxaqueca, tendo em vista as particularidades do seu caso, e verificar se o problema não está associado a outra condição.

Além disso, cuidar da dieta e conhecer os melhores alimentos para combater a enxaqueca também pode ajudar. Segundo encontramos, nenhum alimento já provou ser capaz de curar a enxaqueca, porém, existem alguns que são conhecidos por prevenir sintomas que resultam na condição.

Assim, na lista a seguir você confere alguns dos melhores alimentos para combater a enxaqueca que você pode incluir na dieta para tratamento dessa condição:

  Continua Depois da Publicidade  

1. Peixes com ômega 3

De acordo com o que encontramos, peixes como o salmão, a cavala, a truta e o arenque são fontes ricas nos ácidos graxos ômega 3 EPA e DHA, conhecidos como compostos anti-inflamatórios.

Pesquisas preliminares realizadas na Universidade de Cincinnati, nos EUA, indicaram que quando esses ácidos graxos foram ingeridos na forma de suplemento, eles mostraram diminuir a severidade e a frequência da enxaqueca em algumas pessoas ao longo de um período de seis meses.

Como os experimentos foram feitos com os suplementos e não com os peixes, não temos certeza que os mesmos efeitos sejam observados, até porque as quantidades de ácidos graxos omêga 3 EPA e DHA nos dois provavelmente são diferentes.

Porém, como tratam-se das mesmas substâncias, dá para dar uma chance para esse tipo de alimento e ver se ele ajuda de alguma forma em relação à enxaqueca.

2. Verduras

Verduras como espinafre, couve, rúcula, folhas de beterraba, folhas de amaranto e alface já foram associados à diminuição da incidência de uma série de condições crônicas, inclusive a enxaqueca.

  Continua Depois da Publicidade  

Destacamos o espinafre, como um rico em ômega-3, que como acabamos de ver já foi apontado como benéfico para casos de enxaqueca, e em vitamina B2, nutriente ao qual atribuiu-se a eficiência na redução da frequência, da intensidade e da duração da dor de cabeça.

Por sua vez, a vitamina B2 é necessária para a produção de energia a nível celular e algumas pesquisas sugerem que pessoas com enxaqueca tenham um problema genético que faz com que seja difícil para as células manterem as suas reservas de energia, o que justamente poderia desencadear a enxaqueca.

Ainda que seja difícil conseguir vitamina B2 suficiente para prevenir as enxaquecas somente por meio dos alimentos, é recomendável adicionar alimentos ricos no nutriente na dieta.

No caso de se interessar em usar um suplemento de vitamina B2 para a enxaqueca, consulte um médico.

3. Outros alimentos com vitamina B2

Além do espinafre, outros alimentos com vitamina B2 que podem ser bons alimentos para combater a enxaqueca são: bife magro, cereal fortificado de grãos integrais, cogumelos e brócolis.

  Continua Depois da Publicidade  

4. Nozes e sementes

Alimentos como amêndoas, sementes de girassol, castanhas de caju, castanhas-do-pará, amendoins e nozes são classificados como fontes de magnésio.

O nutriente é importante para quem sofre com a enxaqueca porque existem evidências que apontam que as pessoas que sofrem com a enxaqueca e com as chamadas cefaleias em salvas têm níveis mais baixos de magnésio do que aqueles que não sofrem com os problemas.

Em tempo: as cefaleias em salvas são descritas como dores de cabeça muito fortes, que ocorrem somente em um lado da cabeça e trazem consigo vermelhidão no olho e lacrimejamento, entre outros sintomas.

Um estudo mostrou que a frequência do ataque de enxaqueca foi diminuída em mais de 41% em pessoas que receberam a suplementação de magnésio.

Além das nozes e sementes, outros alimentos para combater a enxaqueca que são fontes de magnésio são: espinafre, batata doce, batata, amaranto fresco, quinoa, arroz integral e grãos integrais. 

5. Grãos integrais

Na lista de alimentos contra a enxaqueca, os grãos integrais entram não só graças ao fatos deles serem fontes de magnésio.

Os grãos integrais também melhoram a enxaqueca induzida pela hipoglicemia (baixos níveis de açúcar no sangue), já que a condição é conhecida por desencadear dores de cabeça. Nesse grupo de alimentos entram itens como aveia, pão integral e quinoa, por exemplo.

Entretanto, é preciso olhar bem as embalagens dos alimentos antes de comprá-los, checando se eles realmente são 100% grãos integrais. Para ter certeza de que se trata de um produto do tipo, o grão integral deve aparecer primeiro na lista de ingredientes e a farinha de trigo enriquecida ou refinada não deve constar na lista.

Outras táticas que ajudam a evitar a enxaqueca proveniente da hipoglicemia é não pular refeições e consumir carboidratos complexos e fibras na dieta, que ajudam a deixar o corpo saciado por mais tempo e a manter estáveis os níveis de glicose no sangue.

6. Azeite de oliva

As gorduras monoinsaturadas presente no azeite de oliva já mostraram reduzir a frequência, a duração e a severidade das dores de cabeça. Recomenda-se tentar utilizar o ingrediente na hora de cozinhar os alimentos.

7. Água

A desidratação é um desencadeador comum da enxaqueca e as pessoas que sofrem com a condição precisam manter-se vigilantes e tentar prevenir a sede.

Atenção

Não estamos dizendo que os alimentos acima são a cura para a enxaqueca, apenas que eles foram apontados como alimentos que podem auxiliar quando existe o quadro da doença. Esse artigo não substitui um diagnóstico ou prescrição médica e repetimos que quem desconfia ou sabe que possui a condição, deve buscar ajuda médica para tratar o seu problema.

Vídeos:

Gostou das dicas?

Você sofre muito com a condição e precisa de alimentos para combater a enxaqueca em sua dieta? Quais deles pretende incluir agora? Comente abaixo!

Foi útil?
1 Estrela2 Estrelas3 Estrelas4 Estrelas5 Estrelas
Loading...
Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

Deixe um comentário