Nas redes sociais, uma traumaterapeuta dos Estados Unidos divulgou um método simples para superar um ataque de pânico em questão de minutos.
O vídeo se tornou viral, alcançando um público de aproximadamente 460 mil visualizações no Instagram no domingo (20/8).
A estratégia de Lauren Auer

A estratégia de Lauren Auer é simples. Ela aconselha a pessoa em crise a segurar um objeto próximo ao rosto e a focar a visão nele por alguns segundos. Na sequência, o olhar deve ser desviado para outro ponto, que se encontre a uma distância maior.
A orientação é fazer esse movimento várias vezes até que o ataque de pânico passe. Lauren mostrou como fazer isso usando um marcador fluorescente, mas disse que as pessoas podem usar qualquer objeto para a mesma finalidade.
O reflexo oculocardíaco e a regulação da respiração
Quando alguém “brinca” com o seu foco de visão, isso ativa o reflexo oculocardíaco, de acordo com a terapeuta. O resultado é que o nervo vago se acalma e a respiração é regulada, o que é considerado chave para controlar um ataque de pânico.
Em uma crise de pânico, é normal que a respiração fique acelerada, o que eleva os níveis de gás carbônico no sangue e piora os sintomas.
Lauren destacou que a retina é uma extensão do cérebro em desenvolvimento, composta por neurônios, e que é a única parte do órgão exposta à luz.
A terapeuta chamou os olhos de incríveis, explicando que eles são conectados a muitos processos importantes tanto no corpo como nas emoções. Além disso, cerca de 80% das informações que recebemos vêm pela visão e quase metade do cérebro está ligada ao processamento visual, completou.
Redução dos episódios de pânico
O psiquiatra André Botelho Campbell explicou ao Metrópoles que essa técnica se baseia na terapia de “brainspotting“. O método auxilia a identificar pontos cerebrais através de posições oculares específicas e associadas a experiências, memórias, pensamentos ou emoções.
O psiquiatra apontou que essa forma de terapia acessa diretamente o hemisfério direito, os sistemas autônomo e límbico.
Ele esclareceu que, em casos de ataques de pânico, essa ressensibilização da região límbica, mais especificamente na amígdala, pode ajudar a controlar os sintomas da crise. As informações são do Metrópoles.