Café pode ajudar a prevenir contra o Parkinson, diz estudo

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Dar energia e também prevenir doenças? De acordo com um novo estudo publicado na revista Neurology, o consumo de café pode ajudar a proteger o corpo contra a doença de Parkinson.

Entretanto, ainda não existem garantias que a bebida tenha um efeito direto na prevenção da doença ou que possa ser usada em seu tratamento. Entenda!

O café é uma bebida tradicional no Brasil

A pesquisa acompanhou milhares de consumidores de café ao longo de mais de duas décadas. Dados de 184.024 indivíduos foram coletados, provenientes de um grupo maior de 192.980 pessoas (coorte EPIC4PD), no qual a incidência do consumo de café é de 93%.

Dentre os participantes, havia cidadãos de seis países: Suécia, Reino Unido, Países Baixos, Alemanha, Espanha e Itália. O maior volume diário de consumo de café foi na Holanda (mediana de 500 mL/d) e o menor na Itália e na Espanha (mediana de 100 mL/d para ambos).

Entre os 184.024 participantes, 308 casos de Parkinson foram diagnosticados em homens e 285 em mulheres. Veja também: Solidão eleva o risco de doença de Parkinson, segundo estudo.

Os pesquisadores mediram, então, os metabólitos primários da cafeína (paraxantina e teofilina) no sangue de centenas de pessoas com Parkinson que participaram do estudo e tinham amostras de plasma sanguíneo disponíveis.

Os resultados sugeriram que esses compostos possivelmente protegeriam contra a doença neurodegenerativa.

Profissional de saúde e paciente com Parkinson
A doença de Parkinson é uma condição progressiva e degenerativa

“Este estudo demonstrou uma associação inversa do consumo de café com cafeína com o risco de Parkinson em uma das maiores coortes longitudinais do mundo, com mais de 20 anos de acompanhamento”, destacaram os cientistas no artigo publicado.

Estimou-se que 25% dos maiores consumidores de café tinham 40% menor probabilidade de desenvolver Parkinson, comparados aos que não ingeriam a bebida. A redução de risco variava entre 5% e 63% dentre quem bebia café, dependendo do país.

Fatores como tabagismo e consumo de álcool foram considerados, mas a ligação entre beber café com um menor risco de Parkinson se manteve. Os autores acreditam que algo na cafeína e seus ingredientes possam auxiliar a proteger o cérebro.

O Parkinson é caracterizado por uma redução da dopamina e a cafeína mantém o fluxo desse neurotransmissor no cérebro, portanto, é possível que esta seja a explicação.

No entanto, os profissionais afirmaram que ainda não é possível estabelecer uma relação direta de causa e efeito entre beber café e a prevenção contra o Parkinson. Os estudos continuam.

Assim, quem já recebeu o diagnóstico de Parkinson deve obedecer todas as recomendações do médico para o tratamento da condição e consultar o profissional sempre que pensar em incluir um novo método ao seu tratamento.

“Desvendar a ação biológica da cafeína no Parkinson não só traz implicações importantes para a saúde pública, mas também melhora a nossa compreensão da etiologia da doença e promove potenciais estratégias de prevenção”, disseram os profissionais.

O que achou do estudo? Você conhece alguém com Parkinson? Comente abaixo!

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