A cantora gospel Camila Campos, 29 anos, anunciou que está enfrentando um câncer de mama. Ela está grávida de sete meses do marido, o ex-jogador Léo, que atuava no Cruzeiro.
O anúncio foi feito por meio de um comunicado postado nas redes sociais da artista. Devido ao problema de saúde, ela precisou ser hospitalizada.
“Recentemente, após fortes dores, Camila foi diagnosticada com câncer de mama em estágio avançado e precisou ser internada para tratamento. Para quem não sabe, Camila também está grávida de sete meses da pequena Sophia”, dizia a nota.
Camila e Leo também se manifestaram, afirmando que o diagnóstico é “assustador e desmotivante aos olhos da medicina”, mas garantiram que estão confiantes para a total recuperação da artista.
“Nesse momento, precisamos crer no que Camila sempre profetizou em suas ministrações e canções, crendo no poder da oração em Cristo Jesus e em uma igreja que se levanta em oração em favor dos seus irmãos no momento de luta”, continuou o comunicado,.
Mais tarde, para agradecer o apoio que estava recebendo, Camila publicou: “Sua oração me fortalece nessa batalha”.
O câncer de mama gestacional
Segundo informações da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, a Ebserh, uma a cada 3000 mulheres grávidas podem ser diagnosticadas com câncer de mama durante a gestação. Embora seja pouco frequente, este é o tipo de tumor maligno mais comum durante a gravidez.
Mesmo que o corpo passe por todo um preparo para receber o bebê, ainda assim é possível que a gestação aumente potencialmente o risco de uma mulher desenvolver esse tipo de câncer.
“O risco se torna mais presente quando a mulher opta por atrasar a gravidez, visto que a idade média de maior incidência de câncer de mama gestacional ocorre em mulheres entre 32 e 38 anos”, explicou a mastologista e preceptora da residência médica em Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh), Raquel Rodrigues.
“Portanto, a combinação em adiar a gravidez para uma idade mais avançada, aliada ao aumento geral na incidência mundial de câncer de mama têm levado a um aumento dos casos de câncer de mama gestacional ao longo das últimas décadas”, concluiu a médica.
O diagnóstico pode ser feito por meio de exames como biópsia líquida, que identifica a presença de células circulantes de tumor na corrente sanguínea. Caso passe pela mamografia, de extrema importância para a descoberta, a gestante deve usar um avental de chumbo para proteger o bebê na barriga.
O tratamento contra o câncer já é agressivo por si só e a situação fica ainda mais delicada durante a gravidez. Portanto, devem ser considerados o estado de saúde geral da mãe, estágio do câncer e trimestre da gestação para avaliar qual a melhor abordagem.
“É preciso estar atento a todas as condições médicas que possam influenciar no tratamento e observar quão avançado é o câncer, se ele se espalhou para outras áreas. Certos tratamentos podem ser mais seguros em determinados trimestres, mas as preferências e preocupações da mãe são centrais na tomada de decisões”, determinou o médico Juliano Cunha.
Raquel, então, concluiu: “O tratamento para o câncer de mama gestacional consiste em ‘cirurgia sempre, quimioterapia após a 13ª semana de gestação, radioterapia e terapias alvo somente após o parto'”.