Aos 45 anos, Carol Ribeiro foi diagnosticada com esclerose múltipla. A apresentadora sentiu os primeiros incômodos em 2023, mas acreditou tratar-se da menopausa.

Como os sintomas não passaram, a modelo optou por realizar uma bateria de exames. “Quando os médicos fizeram a checagem de hormônios, estava tudo bem. Eu achava que iria enlouquecer. Eu pensava: ‘Se isso é a menopausa, todas as mulheres vão enlouquecer’”, contou, durante o evento Body & Mind.
Poco depois, chegou o diagnóstico de esclerose múltipla. Dentre os sintomas mais comuns da doença, estão a fadiga, problemas de visão, problemas de equilíbrio e coordenação, distúrbios emocionais e alterações na sensibilidade.
Carol Ribeiro iniciou o tratamento com hormônios, terapia e exercícios físicos. “Eu não escutava o que meu corpo pedia e precisava, pois tinha outras prioridades. Agora tenho esse cuidado, de escutar meu corpo e saber o que preciso”, compartilhou.
“Depois que comecei o tratamento, eu não sinto mais nada, é como se a doença não existisse mais. Por isso, é importante olhar para dentro de você, nem que seja alguns minutinhos na hora do banho ou do almoço”, concluiu.
Ajuda de amiga
A apresentadora só correu atrás de maiores informações após conselhos da amiga modelo que virou médica Ana Cláudia Michels. “Em agosto de 2023, meu corpo deu uma parada geral, no sentindo de um cansaço extremo, muita tontura, visão turva e quase que um caminhar mais lento. Percebi que toda a vez que eu passava muito calor, eu começava a ficar enlouquecida. Era como se fossem os sintomas da menopausa. Fiquei 17 dias sem dormir. Isso também foi um aviso. Venho recebendo esses avisos há muito mais tempo, mas só em agosto o corpo deu um sinal muito brusco e eu parei para me escutar”, recordou, nas redes sociais.
“Achei que fosse menopausa, burnout ou síndrome do pânico. Fui a diferentes médicos e ao meu ginecologista, que me conhece desde os 18 anos. Ele disse que não era menopausa. Saí correndo atrás de outros médicos como endocrinologista, fui tomando vitaminas… Daí uma amiga minha, a Ana Claudia Michels, que estava fazendo especialização em geriatria na época, falou: ‘Carol, dê uma olhada nos seus exames e não toma mais esses remédios. Volta no seu médico, aquele que conhece o seu histórico e segue o que ele falar'”, recordou.
Carol Ribeiro completou: “Voltei para o meu médico ginecologista, que me indicou um neurologista. Fiz ressonância magnética e o potencial evocado. Voltei em março com os resultados e a gente viu que tinha uma esclerose múltipla ali”.
Por fim, a modelo alertou que cada caso tem a sua particularidade e deve ser acompanhado por especialistas. “É muito importante falar que cada paciente de esclerose múltipla é único. Vai ter gente na cadeira de rodas, tem gente fazendo maratona ou subindo o Monte Everest e tem eu, que estou muito bem. Foi um ano de busca e de entendimento de um novo funcionamento do meu corpo. Mas estou muito bem e sigo em frente com o tratamento escolhido por mim e pelo médico”, pontuou.
Ribeiro também detalhou o tratamento que está seguindo: “A gente decidiu por um imunomodulador que eu tomo de seis em seis meses. São medicamentos de alta eficácia com o objetivo de bloquear a evolução da doença. Então, o que eu tenho até hoje vai ser bloqueado e a partir daí, está tudo bem. Tenho as minhas funções neurológicas e cognitivas mantidas. Lógico que os sintomas permanecem comigo e preciso tratar isso”.