Segundo recentes descobertas divulgadas na renomada revista JAMA Network, a TPM, que inclui a síndrome pré-menstrual (SPM) e o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), pode estar ligada a um risco consideravelmente maior de menopausa precoce. Mulheres com distúrbios pré-menstruais têm mais do que o dobro de chances de entrar em menopausa antes do tempo comum.
Entendendo a menopausa
A menopausa, frequentemente conhecida como climatério no mundo médico, simboliza o término da fase reprodutiva feminina devido à redução natural dos hormônios reprodutivos. Segundo o Estudo Brasileiro de Menopausa de 2022, a média de idade para o início da menopausa é de 48 anos. Entre os sintomas comuns estão pausas prolongadas na menstruação, ondas de calor, secura vaginal e possíveis distúrbios do sono.
Por que a preocupação com a menopausa precoce?
A menopausa precoce refere-se à condição quando ocorre antes dos 45 anos. A antecipação desta fase pode levar a problemas de saúde a longo prazo, incluindo maior risco de doenças cardíacas, neurológicas e osteoporose.
Este estudo, baseado em dados coletados do Nurse’s Health Study II, abrangeu informações de 3.000 mulheres, com 1.220 apresentando distúrbios pré-menstruais. Ao longo de um período de 26 anos (1991 – 2017), os pesquisadores enviaram questionários a cada dois anos e, por meio dessa pesquisa, descobriram a relação entre TPM e menopausa precoce.
Elizabeth Bertone-Johnson, autora principal do estudo, destaca a importância de tais descobertas, que podem auxiliar profissionais da saúde a identificar mulheres potencialmente em risco.
Contudo, ainda há questões a serem esclarecidas: a possível conexão biológica entre os distúrbios pré-menstruais e a menopausa precoce, e se o tratamento dos sintomas pré-menstruais poderia diminuir as chances de uma menopausa precoce.