A diástase abdominal é um problema que atinge muitas mulheres, principalmente no período pós parto. Ela pode ocorrer por vários motivos, que fazem com que a musculatura não suporte a pressão intra-abdominal, levando ao afastamento dos músculos.
Associado a isso, a diástase abdominal pode causar também outros problemas, como dor e distúrbios gástricos.
Então, a seguir vamos entender melhor como a diástase abdominal se desenvolve e quais são as formas de tratamento que existem.
A diástase abdominal é o afastamento dos músculos retos abdominais (os responsáveis pelo que muitos chamam de “tanquinho”).
Esse problema é mais comum durante a gravidez e após o parto, devido ao crescimento do útero para acomodar o bebê.
Mas é importante lembrar que o problema, apesar de ser mais comum em mulheres, também pode atingir homens e até mesmo crianças, dependendo das características físicas e da saúde de cada um.
A diástase abdominal pode causar o aparecimento de alguns sintomas bastante desconfortáveis, e a severidade pode variar de pessoa para pessoa. Os mais comuns são:
Existem tratamentos para corrigir a diástase abdominal, que envolvem exercícios, fisioterapia ou cirurgia.
Mas, tanto os exercícios quanto a fisioterapia devem contar com a supervisão de um profissional qualificado, pois a execução errada dos movimentos pode agravar ainda mais a diástase.
Assim, através do fortalecimento da parede abdominal e da musculatura vizinha, é possível estabilizar e prevenir a piora, além de reverter o afastamento do músculo reto abdominal.
Entretanto, quando a diástase é severa, na qual o afastamento dos músculos é maior do que 5 cm, geralmente não é possível revertê-la com exercícios e fisioterapia, sendo necessária a cirurgia.
Após o diagnóstico da diástase abdominal, feito através do exame físico e de exames de imagem, o médico pode indicar a cirurgia.
A seguir vamos detalhar melhor como a correção cirúrgica poder ser realizada:
A videolaparoscopia é uma técnica cirúrgica que deixa poucas cicatrizes no abdômen e resulta em uma recuperação mais rápida. Isso ocorre porque o cirurgião realiza pequenos cortes no abdômen, por onde ele insere instrumentos (pinças, câmeras e bisturis) e realiza o procedimento.
Assim que o cirurgião identifica a região com diástase abdominal, ele aproxima os músculos afastados, em direção ao centro do abdômen e fecha com vários pontos internos.
Além disso, outros procedimentos com fins estéticos podem ser feitos em conjunto com a videolaparoscopia, como a lipoaspiração.
Mas é importante ressaltar que a indicação dessa cirurgia é para pessoas que apresentam a diástase sem excesso de pele, que é a flacidez no abdômen, ou de gordura.
A abdominoplastia é uma cirurgia plástica com um caráter primariamente estético, pois o objetivo mais comum de quem faz esse procedimento cirúrgico é o de remover o excesso de gordura e pele na região do abdômen.
Mas, no caso da diástase abdominal, também há um caráter funcional, uma vez que os músculos abdominais não servem apenas para mostrar uma boa forma, mas sustentam as vísceras e mantêm uma boa postura, prevenindo problemas como incontinência urinária, hérnias de disco e dor nas costas.
Nesta cirurgia, o cirurgião faz uma incisão abaixo do umbigo, bem semelhante a cesárea, e “descola” a pele até a região próxima às costelas. Então, ele localiza o ponto da diástase e fecha com amarração ou sutura, aproximando os músculos afastados.
Após a junção dos músculos, pode ser feita a remoção do excesso de pele e de gordura local, promovendo uma melhor modelagem do abdômen. Há casos em que o umbigo também precisa ser remodelado.
Independentemente da técnica escolhida, a cirurgia só deve ser feita quando a mulher decidir não ter mais filhos, já que é normal os músculos do abdômen se afastarem com o crescimento do útero. Assim, deve-se esperar ao menos um ano após o parto para a realização da cirurgia.
Mas, se a gestação ocorrer sem planejamento após a cirurgia de diástase ter sido feita, a gestante deve cuidar bem da alimentação, para que não ganhe muito peso, pois isso agrava a diástase.
Já os pacientes que fizeram cirurgia bariátrica devem esperar 2 anos e estar com peso estável por pelo menos 2 meses.
Após a cirurgia alguns cuidados são necessários, para facilitar a recuperação e melhorar o resultado do tratamento. Por isso, seu médico irá passar uma lista de recomendações, como:
O tratamento da diástase abdominal deve sempre ser orientado por um profissional habilitado para tal. Mas existem algumas dicas que podem ajudar a prevenir ou a amenizar o problema, como veremos a seguir:
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