Demência: cientistas apresentam exame rápido que pode detectar quadro até 9 anos antes dos sintomas

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Seis minutos para o diagnóstico: cientistas indicaram a descoberta de um exame que pode auxiliar a detectar um quadro de demência até nove anos antes dos primeiros sintomas.

Exame rápido pode auxiliar no diagnóstico de demência até nove anos antes dos primeiros sintomas

O estudo foi publicado na revista científica Nature Mental Health e realizado por pesquisadores do Centro de Neurologia Preventiva da Universidade de Queen Mary e da Universidade de Londres, ambas localizadas no Reino Unido.

Os cientistas britânicos criaram um teste preditivo que consegue fazer o diagnóstico por meio de análise de um exame de imagem de ressonância magnética cerebral, que dura em média seis minutos.

O método foi capaz de prever com mais de 80% de precisão, e até quase uma década antes, os diagnósticos. Veja também: É possível identificar sintomas da demência antes do diagnóstico?

Para chegar aos resultados, a equipe analisou exames de mais de 1,1 mil britânicos disponíveis no UK Biobank, banco de dados saúde do Reino Unido. Deles, 103 eram de pacientes que já tinham demência ou que não tinham um diagnóstico no momento do exame, mas desenvolveram a condição nos anos seguintes.

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Outras 1.030 eram pessoas saudáveis utilizadas como grupo de controle, para que pudesse ser feita uma comparação.

Em todos os exames foram analisadas alterações na rede de modo padrão do cérebro (DMN), área que conecta regiões do órgão para realizar funções cognitivas específicas. Segundo os especialistas, essa é a primeira rede neural a ser afetada pela doença de Alzheimer.

Demência
O Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, segundo o Ministério da Saúde

Então, os responsáveis atribuíram a probabilidade de cada paciente desenvolver ou já ter desenvolvido demência. Na sequência, foram relacionadas as previsões com os dados médicos para ver se a estimativa dada com base nos exames equivalia aos voluntários que receberam um diagnóstico.

Os resultados apontaram que o acerto foi de mais de 80%. Ademais, também foi constatado que o modelo podia prever, dentro de uma margem de erro de dois anos, quanto tempo levaria para o diagnóstico ser feito.

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“Prever quem vai ter demência no futuro será vital para o desenvolvimento de tratamentos que possam evitar a perda irreversível de células cerebrais que causam os sintomas da demência”, afirmou o neurologista Charles Marshall, professor da Universidade Queen Mary e responsável por liderar a equipe de pesquisa.

“Embora estejamos melhorando a detecção das proteínas no cérebro que podem causar a doença de Alzheimer, muitas pessoas vivem por décadas com essas proteínas no cérebro sem desenvolver sintomas de demência”, completou.

O profissional seguiu: “Esperamos que a medida da função cerebral que desenvolvemos nos permita ser muito mais precisos sobre se uma pessoa realmente desenvolverá demência e em quanto tempo, para que possamos identificar se ela pode se beneficiar de tratamentos futuros”.

Em comunicado, Samuel Ereira, pesquisador da mesma universidade britânica e também autor do trabalho, apontou a facilidade de realizar o exame.

“A ressonância é uma ferramenta de imagem médica não invasiva e leva cerca de seis minutos para coletar os dados necessários em um scanner de ressonância magnética, portanto, pode ser integrada aos caminhos de diagnóstico existentes, especialmente onde a ressonância magnética já é usada”, conclui.

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A demência é a síndrome que engloba vários quadros marcados pela perda cognitiva e de memória. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a maioria, entre 60% e 70% dos casos, seja provocada pela doença de Alzheimer.

A organização ainda estima que há em torno de 55 milhões de pacientes com demência no planeta, mas esse número deve saltar mais de 150% até 2050, chegando a 139 milhões.

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