Pesquisadores acreditam ter identificado que os olhos podem enviar certos sinais anos antes do diagnóstico de demência.
O tipo mais comum de demência é o Alzheimer, condição neurodegenerativa que afeta especialmente a memória e o comportamento.
A doença é caracterizada pelo declínio progressivo das funções cognitivas, iniciando com pequenas dificuldades associadas a lembranças e podendo avançar para problemas mais graves, como desorientação, confusão e alterações nas atitudes.
Uma pesquisa publicada pela revista Scientific Reports apontou que a perda no tempo de resposta visual, ou seja, o intervalo entre a apresentação de um estímulo e a resposta motora a esse estímulo, pode ser um sinal inicial do Alzheimer.
Já outro estudo, postado no JAMA Ophthalmology, indicou que pessoas com declínio cognitivo têm a área não vascularizada no centro da retina expandida. A pesquisa alegou que o aumento dessa “área morta” pode ser detectado até 17 anos antes dos sintomas de Alzheimer.
Outros trabalhos também associaram os olhos ao diagnóstico de demência, com destaque para o olhar vago, caracterizado por falta de concentração, e a dificuldade em interagir com o ambiente visual.
Existe uma forma de evitar a demência?
Um estilo de vida mais saudável, com uma dieta equilibrada, prática de exercícios físicos, sono regulado e ingestão apropriada de água diariamente, pode ajudar não somente na prevenção do Alzheimer, como de outras doenças, por exemplo, diabetes, hipertensão e problemas cardíacos.
“Manter a mente ativa com leituras e estudos, praticar atividades em grupo, treinar jogos inteligentes, não fumar, não consumir bebidas alcoólicas, ter alimentação saudável e praticar atividades físicas são formas de prevenir a demência”, listou o neurologista João Carlos Lobato Moraes, em entrevista antiga ao site Metrópoles.
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A demência pode ter várias causas e costuma haver mais de uma condição associada ao problema.
Acidente vascular cerebral (AVC), tumores, doenças metabólicas, infecções, distúrbios causados por príons, encefalite autoimune e paraneoplásica, lesões repetitivas na cabeça, traumatismo, alcoolismo, hipotireoidismo, deficiência de vitamina B12, sífilis, HIV ou falta de vitamina B1 podem ser alguns dos motivos ligados à doença degenerativa.