10 dicas simples para aumentar o desempenho do cérebro para trabalhar e estudar

atualizado em

O nosso cérebro precisa ser estimulado sempre para desempenhar suas funções, e nada melhor do que algumas dicas simples que ajudam quando precisamos trabalhar e estudar.

Para isso, não existe uma faixa etária definida, pois em qualquer período da vida somos capazes de melhorar nosso raciocínio e deixar nosso cérebro mais capacitado.

Estudos já comprovaram que o cérebro tem uma incrível capacidade de regeneração e que os nossos neurônios aprendem novos caminhos mesmo em pessoas que tiveram um A.V.C. (Acidente Vascular Cerebral), quando estimulados, são capazes de voltar a andar e falar desde que as sequelas não sejam irreversíveis. 

Isso prova que podemos aumentar nossa capacidade de raciocínio se tivermos os estímulos e hábitos que nos ajudem a melhorar nosso desempenho cerebral no dia a dia.

Se você está precisando melhorar seu raciocínio e seu desempenho no trabalho ou nos estudos, continue por aqui!

  Continua Depois da Publicidade  

Hábitos simples que melhoram nosso desempenho cerebral 

1. Dormir bem 

Essa parece uma dica óbvia, mas muitas pessoas não conseguem ter uma boa noite de sono e no outro dia sentem muita dificuldade de concentração, além de ficarem com dificuldades de memória.

Existem estudos que já demonstraram que quando dormimos preservamos a memória e ao acordar conseguimos acessar informações que havíamos esquecido, além de melhorar a nossa concentração durante o dia.

Acordando
Boas noites de sono ajudam a preservar a memória e melhoram a concentração durante o dia

2. Ficar um período do dia em jejum

Essa é uma prática conhecida como jejum intermitente, porém exige muita cautela e não é indicada para todos, pois crianças, idosos e gestantes não devem praticá-la.

Existem muitas formas de praticar o jejum intermitente, como ficar sem comer por dezesseis horas, todos os dias, contando as horas de sono, e comer nas outras oito horas, ou comer de maneira habitual durante cinco dias da semana e durante dois dias não consecutivos ficar sem comer ou comer pouco.

  Continua Depois da Publicidade  

No entanto, não é aconselhável ficar sem comer durante mais de vinte horas e nunca se deve começar a prática do jejum intermitente sem consultar um médico ou nutricionista.

O jejum intermitente age no cérebro porque promove algumas mudanças neuroquímicas devido a restrição de alimentos.

Durante o período de jejum, acontece uma grande redução de glicose no sangue e o corpo começa a produzir uma substância chamada corpos cetônicos que serão a fonte de energia para o cérebro funcionar na falta da glicose.

Neste período também acontece uma maior produção de uma proteína chamada Fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) que é responsável pela reparação dos neurônios e ajuda a preservar a capacidade de memória e aprendizado e isso resulta no melhor desempenho cerebral.

3. Praticar exercícios físicos regularmente

O hábito de fazer exercícios no mínimo duas vezes por semana é algo necessário para todos e fará muita diferença principalmente na velhice, pois melhora o fluxo de sangue no cérebro e isso favorece várias funções cerebrais.

  Continua Depois da Publicidade  

4. Tomar café em quantidades moderadas

Todos nos sentimos mais acordados quando tomamos um café, pois a cafeína age estimulando o nosso estado de concentração. Cientistas que acompanharam um grupo com mais de mil participantes de sessenta e cinco a oitenta anos por três anos constataram que aqueles que tomavam de uma a duas xícaras de café por dia, correm menos riscos de desenvolver mal de Alzheimer, Parkinson e depressão.

No entanto, o excesso de consumo da bebida é prejudicial à saúde.

5. Ter amigos e atividades sociais

Ter amigos e conversar com eles funciona como um exercício para o cérebro. Desfrutar de momentos que nos descontraem ao lado de pessoas agradáveis e que nos fazem bem ajuda a melhorar nossas capacidades mentais e emocionais.

Além disso, há pesquisas que mostram que ter uma vida social reduz a taxa de perda da memória em idosos.

6. Controlar o estresse

Viver totalmente sem estresse é impossível, mas é possível procurar aprender a lidar melhor com algumas situações do dia a dia, pois o estresse é um dos piores inimigos de nossa saúde física e mental.

  Continua Depois da Publicidade  

Estudos realizados evidenciaram que o estresse destrói algumas células cerebrais e traz danos a uma parte do cérebro chamada hipocampo, que é a área responsável pela formação de novas memórias e recuperação de memórias passadas.

A meditação é uma prática aprovada em estudos para administrar o estresse e que ajuda a nos manter focados, pois percebeu-se que quando meditamos acontece o aumento da espessura de uma parte do cérebro chamada córtex cerebral e isso melhora o desempenho da nossa memória, raciocínio e concentração.

7. Tenha uma alimentação saudável

Para o bom funcionamento do nosso cérebro, dependemos de substâncias específicas que são produzidas a partir de nutrientes como proteínas, vitaminas e minerais, por isso a alimentação equilibrada é uma aliada para o desenvolvimento cognitivo que é a nossa capacidade de captar informações e responder sobre elas.

Outro nutriente muito importante para o cérebro é o ômega 3, pois é uma gordura benéfica que protege todo o tecido que recobre nosso cérebro, é o que foi demonstrado em vários estudos.

Outra pesquisa desenvolvida no Texas também apontou que o ômega 3 ajuda a manter a capacidade de aprendizado. Alguns exemplos de alimentos onde pode ser encontrado este nutriente são: os peixes como sardinha e salmão, as nozes, sementes de linhaça e de chia, ovos enriquecidos com essa gordura e óleo de canola.

Outras medidas para uma alimentação mais saudável é evitar os alimentos ultraprocessados como bolachas recheadas, refrigerantes, salgadinhos de pacote, além de aumentar o consumo de verduras, legumes e frutas.

8. Pratique desafios para a memória

Alguns estímulos como jogos de palavras cruzadas e quebra cabeças podem parecer ultrapassados, mas são ótimos estímulos para o cérebro e para aumentar nossa capacidade de memorização, outras formas de exercitar a memória é a leitura ou assistir um filme e depois contá-lo a alguém.

Palavras-cruzadas
Aproveite horas vagas para jogos como palavras cruzadas e outro que exercitam o cérebro

9. Faça uma ginástica cerebral

O nosso cérebro se acostuma com tudo o que temos o hábito de fazer, e isso o desestimula, e com o passar do tempo podemos perder a nossa capacidade de guardar novas informações ou ter mais episódios de esquecimento.

Pesquisas realizadas por um grupo de cientistas mostraram que quando o cérebro desempenha tarefas diferentes do que está acostumado, melhora a função dos neurônios, aumenta o foco e a capacidade de aprendizado.

Alguns exemplos de exercícios para a ginástica cerebral são: usar algumas vezes na semana a mão não dominante em alguma tarefa simples como segurar o talher, trocar alguns objetos de lugar que é costume guardá-los, tomar banho de olhos fechados para procurar sem ver onde está o sabonete, toalha, etc.

10. Dê a você um tempo de descanso

É no descanso que o cérebro consegue fixar informações para que lembremos delas depois, por isso mesmo no meio de suas tarefas, pare alguns minutos.

Há estudos científicos comprovando que o cansaço mental reduz o aprendizado e a concentração, portanto dificulta o desempenho na execução de tarefas no trabalho ou estudos.

Nestas pesquisas foi observado que quando há pequenos intervalos para descanso, o cérebro aumenta sua habilidade de adquirir conhecimentos.

Concluindo

O nosso cérebro tem uma imensa capacidade que é ilimitada e não depende da idade, pois nossos neurônios têm a habilidade de aprender novos caminhos e de se regenerarem.

Podemos melhorar nossa capacidade de concentração e memória para termos um melhor desempenho no trabalho e nos estudos por meio de alguns métodos simples e que qualquer um pode praticar.

De todos os métodos apresentados aqui, o que necessita de mais cautela é a prática do jejum intermitente que já foi estudado e demonstrou ter benefícios para a saúde do cérebro.

A prática do jejum intermitente não pode ser recomendada a todos indiscriminadamente, pois depende das condições de saúde de cada um e da faixa etária, por isso é necessário ter a orientação de um profissional como o médico ou um nutricionista.

Fontes e referências adicionais

O que você achou dessas dicas? Pretende segui-las para estimular o seu cérebro diariamente? Comente abaixo!

Foi útil?
1 Estrela2 Estrelas3 Estrelas4 Estrelas5 Estrelas
Loading...
Sobre Dra. Akemi Martins

Dra. Akemi Martins Higa é bióloga, formada pela Universidade Federal de São Carlos em 2011. Doutora na área de Medicina Tropical e Saúde Internacional, com ênfase em doenças neurodegenerativas, pela Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de nanotecnologia e imunologia aplicada ao diagnóstico de neuromielite óptica e esclerose múltipla. Para mais informações, entre em contato.

Deixe um comentário