Mesmo que traga vários benefícios à saúde, a dieta cetogênica também pode ser prejudicial para alguns órgãos. Uma pesquisa realizada em ratos revelou, por exemplo, que o modelo de alimentação pode levar a doença hepática gordurosa, intolerância à glicose e colesterol alto.

A dieta cetogênica é uma dieta com baixo teor de carboidratos, ricos em gordura e média-proteína. O corpo geralmente usa glicose dos carboidratos ingeridos, no entanto, quando privado dessa fonte principal de energia, ele começa a puxar a glicose do fígado e do músculo. Alguns dias depois, quando todas essas reservas são usadas, o organismo utiliza a gordura armazenada e o fígado converte a gordura em cetona.
Há relatos de que as dietas cetogênicas ajudem a reduzir os efeitos da epilepsia resistente à medicina, enquanto outros apontam que o modelo alimentar pode ajudar a reduzir a obesidade e controlar o diabetes tipo 2.
O novo estudo, realizado por cientistas da Universidade de Utah separaram ratos fêmeas e machos em grupos. Uma parcela recebeu uma dieta com baixo teor de gordura (LFD -10 %), enquanto outros receberam alimentação de alto padrão de gordura (HFD -60 % de gordura). Por fim, alguns animais receberam uma dieta de vaixa gordura e média proteína (LFMP -10 % de gordura e 10 % de proteína).
Com a perda de peso, os ratos que receberam a dieta cetogênica produziram a doença hepática gordurosa (quando a gordura é produzida no fígado), intolerância extrema à glicose e hiperlipidemia (excesso de lipídios no sangue). Eles também apresentaram sensibilidade e baixos níveis de insulina.
Os testes associam os resultados ao aumento do distúrbio de secreção de insulina sistêmica e baseada em células, o que significa que ele não é produzido ou distribuído adequadamente.
São necessárias novas pesquisas, realizadas em humanos, para concluir os prós e contras da dieta cetogênica.








