A Neuralink, startup de Elon Musk, recebeu recentemente a autorização da Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos equivalente à Anvisa aqui no Brasil, para dar início a testes clínicos com implantes cerebrais em seres humanos.
O anúncio foi feito pela própria empresa na noite de quinta-feira (25/5). Pelo Twitter, a startup destacou que isso foi resultado do trabalho da equipe Neuralink em colaboração com a FDA.
Para que servirá essa nova tecnologia?
A Neuralink acredita que a tecnologia de implantes pode auxiliar na cura de condições como obesidade, depressão, esquizofrenia, autismo e até mesmo lesões cerebrais graves, como cegueira e paralisia.
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Por meio de sinais cerebrais, esses implantes também têm o potencial de permitir o envio de informações para um controle de dispositivos eletrônicos e até mesmo a navegação na internet, abrindo um mundo de possibilidades para a integração entre o cérebro humano e a tecnologia.
Jornada até a aprovação da FDA
No entanto, a jornada até a aprovação dos testes clínicos não foi fácil para a Neuralink. A empresa enfrentou desafios significativos, como preocupações relacionadas à bateria de lítio dos implantes, à possibilidade de migração dos fios dentro do cérebro e à complexidade na hora de remover o dispositivo com segurança, sem causar danos ao tecido cerebral.
Após um pedido inicial negado pela FDA no início de 2022, a Neuralink trabalhou em estreita colaboração com a agência reguladora, superando essas preocupações e, finalmente, obtendo a autorização necessária para dar início aos testes clínicos.
Embora a aprovação seja um marco importante, a Neuralink ainda não iniciou o processo de recrutamento para participantes do estudo clínico.
Em dezembro do ano passado, Elon Musk havia expressado a sua expectativa de que os testes em humanos começariam dentro de seis meses.