Nada em excesso faz bem, né? E isso vale também para o frio e o calor. Um novo estudo indica que as temperaturas elevadas ou muito baixas estão associadas ao aumento de mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Isso se dá porque tanto as temperaturas mais baixas quanto as mais altas provocam alterações no organismo. No caso do frio, especialistas apontam que a cada queda de 5 °C na temperatura, leva a um aumento de aproximadamente 5% no risco de morte por doenças cardiovasculares, dentre as quais estão o AVC.
Este mesmo cenário pode ser observado em números: de acordo com uma pesquisa publicada na revista científica Neurology, mais meio milhão de pessoas morreram devido a um AVC associado a temperaturas extremas em 2019. Além disso, os cientistas apontam que as baixas temperaturas foram as principais causadoras de AVC.
“Notavelmente, a carga de AVC atribuída à alta temperatura aumentou drasticamente e continuará aumentando no futuro. O processo de aquecimento global pode ser o fator determinante”, escreveram os autores do estudo.
Em meses de temperaturas mais baixas, o corpo humano precisa de reajustar. Algumas dessas mudanças que ocorrem durante o frio são: contração das artérias, aumento da pressão arterial e aceleração dos batimentos cardíacos.
Devido a essas alterações, também podem ocorrer quadros como contração súbita das artérias – que irrigam o coração ou o cérebro -, rompimento de placas de gordura que podem causar obstrução dos vasos sanguíneos, aumento da viscosidade do sangue e a ativação da inflamação no corpo por ação direta do frio ou por infecções respiratórias, comuns no inverno. Todos os fatores citados aumentam os riscos da ocorrência de um AVC.