Grávida Pode Tomar Ibuprofeno?

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Por se tratar de um anti-inflamatório muito conhecido, é muito importante que as mulheres saibam, na gestação, se uma grávida pode tomar ibuprofeno ou não.

Não deixe de conferir quais cuidados a futura mamãe precisa tomar em relação ao uso de medicamentos.

Ainda não tem certeza se está esperando um neném e por isso está com medo de tomar Ibuprofeno? Então conheça aqui os primeiros sintomas da gravidez e corra ao médico para confirmar a gestação caso apresente alguns ou todos esses sinais.

Sobre o Ibuprofeno

O medicamento faz parte da categoria dos agentes anti-inflamatórios não esteroides e pode ser indicado para diminuir a febre e amenizar dores como as associadas a resfriados e gripes.

O remédio também atua contra dores de garganta, dores de cabeça, dores de dente, dores nas costas, cólicas menstruais e dores musculares.

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Depois que descobrir que a grávida pode tomar Ibuprofeno, aproveita para conhecer em quais outros casos este medicamento pode fazer mal.

E então será que uma mulher grávida pode tomar Ibuprofeno?

A gestante que apresentar febre e/ou alguma das dores mencionadas acima pode pensar em recorrer ao medicamento para lidar com o problema. Mas será que é aconselhável e seguro que a futura mamãe faça isso?

Bem, de acordo com informações da bula de Ibuprofeno em suspensão oral (gotas) 100 mg/ml da Cimed, o remédio não pode ser utilizado durante a gestação a não ser que haja a recomendação por parte do médico.

O documento também adverte que a paciente deverá informar ao médico caso fique grávida durante ou depois do término do tratamento com o medicamento.

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“O Ibuprofeno é um anti-inflamatório que apresenta riscos para a gravidez. Essa medicação pode aumentar o risco de abortamento, anomalias cardíacas, fenda palatina, insuficiência cardíaca, disfunção dos rins, hemorragia intracraniana e hemorragia gastrointestinal. Não utilize nenhuma medicação sem a devida indicação médica durante a gravidez”, alertou a médica de família e comunidade Nicole Geovana.

Neste mesmo sentido, o Serviço Nacional de Saúde (NHS, sigla em inglês) do Reino Unido detalhou que o Ibuprofeno não deve ser utilizado quando a mulher tem 30 semanas ou mais de gestação, exceto sob orientação médica, porque usar o remédio nesse estágio da gravidez já foi associado ao aumento do risco de desenvolvimento de complicações como problema cardíaco no neném e a diminuição na quantidade do líquido amniótico.

Vale a pena ressaltar que o líquido amniótico é um líquido amarelado que cerca o bebê que ainda não nasceu dentro da barriga da mãe e ajuda a movimentação do feto no útero (o que é bom para o crescimento ósseo), o desenvolvimento apropriado dos pulmões, a prevenir a pressão no cordão umbilical, a manter uma temperatura constante ao redor do neném e a proteger o feto contra lesões externas.

Além disso, os medicamentos anti-inflamatórios não esteroides não podem ser usados durante os últimos três meses de gestação porque podem fazer com que um vaso sanguíneo no coração do bebê se feche antes da hora, o que pode resultar no desenvolvimento de pressão alta nos pulmões do neném.

Como se não bastasse, a utilização dos remédios anti-inflamatórios não esteroides pode tornar mais difícil para a mulher entrar em trabalho de parto.

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Mas antes das 30 semanas, será que a mulher grávida pode tomar Ibuprofeno?

De acordo com o que alertou o NHS, também não é recomendado que a gestante tome o medicamento antes das 30 semanas de gravidez, exceto se o médico determinar que os possíveis benefícios do tratamento superam o potencial risco que o remédio pode provocar ao feto.

A justificativa é que utilizar o Ibuprofeno ao longo das primeiras 30 semanas de gestação também pode resultar em uma elevação no risco de desenvolvimento de complicações, o que inclui o aborto, alertou a instituição de saúde do Reino Unido.

Uma pesquisa apontou que tomar remédios da categoria dos anti-inflamatórios não esteroides, como é o caso de Ibuprofeno, durante as primeiras 20 semanas após a concepção do bebê aumenta o risco de sofrer um aborto em 2,4 vezes.

Para os cientistas as chances de ter um aborto aumentam mediante a exposição a qualquer tipo e dosagem de um medicamento anti-inflamatório não esteroide sem aspirina ao longo do começo da gestação.

Para chegar a essa conclusão, os autores desse estudo publicado no Canadian Medical Association Journal (Jornal da Associação Médica Canadense, tradução livre) examinaram 4,705 mil abortos, em que 352 ou 7,5% dos casos havia ocorrido o uso de anti-inflamatório não esteroide sem aspirina.

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As mulheres avaliadas na pesquisa tinham idade entre 15 anos a 45 anos e foram comparadas com outras 47,050 mil mulheres de faixa etária similar que não tinham sofrido o aborto. Nesse segundo grupo 1,213 mil ou 2,6% havia usado um anti-inflamatório não esteroide, relatou a publicação.

Os pesquisadores relataram ter observado consistentemente que o aborto espontâneo estava associado com o uso de Diclofenaco, Naproxeno, Celecoxibe, Ibuprofeno e Rofecoxib sozinho ou em combinação, o que sugere um efeito da classe dos medicamentos anti-inflamatórios não esteroides.

Portanto, se tomar o Ibuprofeno durante a gestação não é uma ideia nada boa, tomar o remédio junto de outro anti-inflamatório não esteroide é uma ideia péssima.

Malformações congênitas

Vale destacar ainda que os pesquisadores também mencionaram que a utilização dos medicamentos anti-inflamatórios não esteroides no início da gravidez também já demonstrou aumentar o risco de desenvolvimento de grandes malformações congênitas.

Segundo informações, de  alguns estudos, o uso de medicamentos anti-inflamatórios não esteroides no começo da gravidez pode provocar um pequeno aumento no risco de desenvolvimento de problemas no coração e no sistema gastrointestinal do neném.

A publicação ponderou apontando que são necessários mais pesquisas para que a ligação entre o uso desses remédios e os problemas seja provada, porém, afirmou que ainda assim o médico pode sugerir o uso de outro tipo de medicamento no lugar deles.

Mas então, como lidar com a dor?

Ao descobrir que está grávida é aconselhável que a mulher solicite ao médico uma lista com os medicamentos proibidos e os medicamentos liberados para ela durante a sua gestação.

E antes de começar a usar qualquer remédio, quer ele esteja na lista ou não, a mulher precisa consultar novamente o médico para saber direitinho como usar o medicamento em questão sem enfrentar problemas.

É importante que a gestante aproveite a conversa com o médico para conhecer ainda as comidas e bebidas que deverão ser excluídas da sua dieta, uma vez que existem alimentos que são abortivos, como você pode conferir ao clicar no termo destacado.

Fontes e referências adicionais

Você já se perguntou se grávida pode tomar ibuprofeno? Conhece alguém que possa confirmar? Comente abaixo!

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