O ovário policístico, ou síndrome dos ovários policísticos, é um problema que atinge cada vez mais mulheres, principalmente aquelas entre 30 e 40 anos.
Essa síndrome geralmente vem acompanhada de uma série de sintomas, entre eles a dificuldade para engravidar. Mas saiba que esse não é o único problema causado pela síndrome, que pode ter vários impactos na saúde da mulher.
Por isso, no decorrer deste artigo vamos entender o que é o ovário policístico, quais os seus sintomas e os possíveis tratamentos.
Veja também: Ovário policístico engorda?
A síndrome dos ovários policísticos é um transtorno hormonal que pode trazer uma série de consequências para a saúde da mulher, como:
Esse problema atinge principalmente mulheres com idades entre 30 e 40 anos, mas pode também aparecer em adolescentes.
Outro ponto importante é que mulheres que apresentam síndrome do ovário policístico também podem ter um risco maior de desenvolver problemas de saúde, como a síndrome metabólica, a hipertensão, a diabetes do tipo 2 e doenças cardíacas.
O diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos deve ser feito por um médico, preferencialmente um ginecologista, após a análise dos sintomas e a realização de alguns exames, como:
Os médicos ainda não sabem a causa exata do ovário policístico, mas acredita-se que há um fator hereditário envolvido, já que mulheres que têm mães ou irmãs com a condição são mais propensas a desenvolver o problema.
Além disso, a doença também está associada a pessoas com obesidade e sobrepeso.
Como se trata de um problema crônico sem cura conhecida, o tratamento da síndrome dos ovários policísticos tem como objetivo a melhora dos sintomas e das consequências que ela traz.
Assim, podemos dividir o tratamento em dois tipos: medicamentoso e mudanças de estilo de vida.
A seguir vamos conhecer com mais detalhes esses tratamentos:
Mulheres que possuem essa síndrome têm uma maior chance de apresentar menstruação irregular, ou mesmo a ausência total dela.
Isso ocorre por conta das alterações hormonais, que são comumente tratadas com o uso de pílulas anticoncepcionais combinadas, contendo estrogênio e progesterona.
Outro problema comum para quem sofre com essa síndrome é a dificuldade para engravidar.
Entretanto, isso pode ser tratado com o uso de alguns medicamentos, como:
Além desses remédios, existem terapias hormonais que podem ajudar no tratamento da infertilidade, como a urofolitropina, que é utilizada em casos bem específicos, a critério médico.
O inositol, que consiste em um tratamento não-hormonal, também pode melhorar a qualidade do óvulo e do embrião, e com isso aumentar a taxa de gravidez em mulheres com síndrome do ovário policístico. Entretanto, ele ainda depende de mais estudos para comprovar sua efetividade.
Mas é importante ressaltar que esses tratamentos só podem ser prescritos por um médico, após a avaliação clínica e laboratorial.
Veja também: Quem tem ovário policístico pode engravidar?
Mulheres com a síndrome dos ovários policísticos podem apresentar também resistência à insulina, o que por sua vez aumenta a chance de desenvolvimento de diabetes.
Estudos demonstram que a pré-diabetes ou a diabetes é mais provável de ocorrer em mulheres que sofrem de ovários policísticos, e aumenta também o risco de uma mulher grávida desenvolver diabetes gestacional. Por essas razões, é muito importante usar medicamentos que ajudem a regular os níveis de glicose e de insulina no organismo.
Assim, quando isso ocorre, muitos médicos optam por indicar o uso de medicamentos comumente usados no tratamento da diabetes, como a metformina por exemplo.
O aumento da quantidade de hormônios masculinos é outra característica da síndrome, e pode causar efeitos bastante desagradáveis, como o aumento da acne e o crescimento exagerado de pelos, principalmente em locais considerados “masculinos”, como na face.
Por isso, seu médico pode prescrever alguns medicamentos que possuem um efeito chamado de antiandrogênico, ou seja, que bloqueiam a ação desses hormônios.
Os mais usados são:
Mulheres que estão acima do peso apresentam mais chances de apresentar a síndrome, e também de sofrer com efeitos mais severos.
Além disso, o ovário policístico também aumenta a chance de obesidade e dificulta a perda dos quilinhos extras.
Então, a perda de peso é uma forma de diminuir o risco de apresentar a doença e, caso já exista o diagnóstico, de reduzir a severidade dos sintomas.
Desta forma, é importante fazer o acompanhamento nutricional para adequar a dieta e assim atingir um peso saudável.
Os exercícios físicos são uma ótima forma de reduzir o peso e de melhorar a resistência à insulina.
Por isso, é importante que a prática de atividade física seja parte do tratamento da síndrome, juntamente com uma dieta balanceada e, caso seja necessário, o uso de medicamentos.
Após o diagnóstico, algumas mulheres podem sentir que devem utilizar alguns tratamentos ou suplementos “naturais”, para tentar controlar a doença e seus sintomas.
Entretanto, essa prática não é recomendada, e pode piorar o quadro apresentado.
Assim, sempre discuta com seu médico os possíveis tratamentos naturais, para que ele possa analisar e desta forma reduzir a chance de interações medicamentosas perigosas.
Além disso, as mudanças de estilo de vida, como a alimentação saudável e a prática regular de exercícios, é tão ou mais importante que o uso de medicamentos, e ajudam no controle do problema no longo prazo.
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