Mesmo antes da doença provocada pelo novo coronavírus, a COVID-19, ter resultado em uma pandemia global, já se perguntava a respeito de vacinas e medicamentos para prevenir ou tratar a doença. Entretanto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda não existem vacinas ou medicamentos antivirais contra a COVID-19.
Em frente ao perigo que a doença representa – já eram mais de 138 mil morte em todo o mundo até a manhã da quinta-feira, 16 de abril, conforme dados da Universidade John Hopkins – pesquisadores de diversos países têm estudado possíveis vacinas e drogas contra o novo coronavírus.
Inclusive, uma empresa americana iniciou testes com um medicamento contra o vírus, ao passo que uma agência biomédica da Rússia anunciou teste com outro remédio contra a COVID-19.
No Brasil, não é diferente: a Fiocruz começou a analisar um remédio para o HIV contra o novo coronavírus e na quarta-feira, 15 de abril, o Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) anunciou que vai testar em pacientes um medicamento contra a COVID-19, que já se encontra disponível no Brasil.
Ele será testado em um total de 500 pacientes com diagnóstico confirmado de COVID-19 e mais de 18 anos de idade, divididos em sete hospitais do Brasil. Essa fase de testes clínicos deve durar pelo menos um mês.
O ministro do MCTIC, Marcos Pontes, afirmou que o medicamento apresentou resultados positivos em testes de laboratório realizados por pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), localizado em Campinas, São Paulo. Em células infectadas em laboratório, a droga mostrou ser capaz de diminuir em até 94% a carga viral nos ensaios celulares.
O nome do remédio em questão não foi revelado e não será divulgado enquanto perdurar a fase de pesquisa. Nem os médicos nem os pacientes envolvidos terão acesso ao nome da droga administrada nos testes. Porém, de acordo com o CNPEM, o medicamento é de baixo custo e possui ampla distribuição em todo o território nacional.
Já conforme o MCTIC, o remédio estudado é bem tolerado no geral e atualmente utilizado por pessoas de diversos perfis. Entretanto, no lugar de especular qual pode ser esse medicamento, o melhor a se fazer é esperar pelos resultados da pesquisa.
É importante lembrar ainda que se automedicar com qualquer remédio para tentar prevenir ou tratar a COVID-19 representa graves riscos à saúde. Inclusive a Anvisa já emitiu alerta contraindicando o uso de cloroquina e hidroxicloroquina para o coronavírus.
Enquanto a OMS e outras entidades de saúde não aprovam uma vacina ou medicamento contra o a COVID-19, o melhor que temos a fazer é reforçar ao máximo os nossos cuidados de prevenção contra o novo coronavírus.