Poucas coisas representam tão bem os tempos modernos em que vivemos quanto a imagem de pessoas com o celular nas mãos até mesmo enquanto usam o banheiro.
Uma pesquisa de 2021 feita pela NordVPN apontou que em um grupo de 9,8 mil adultos, 65% deles usavam os seus telefones no banheiro.
Mas, esse tipo de costume não é apenas uma prova do vício em celular, internet e redes sociais que muita gente possui. O hábito de levar o smartphone para fazer companhia enquanto usa o banheiro também traz riscos para a saúde.
De acordo com a urologista Helen Bernie, os respingos de urina carregados de bactérias permanecem por dias nos banheiros.
Estudos apontaram que as gotas de urina podem ricochetear da parte posterior de um vaso sanitário ou mictório e atingir distâncias de até aproximadamente 0,91 m. Já dar descarga pode lançar a urina para até cerca de 1,8 m de distância.
Inclusive, uma pesquisa que foi publicada no periódico Physics of Fluids apontou que 57% das partículas de respingo que vem da descarga de um mictório podem se transportar até uma pessoa em 5,5 segundos.
Nesse sentido, um equívoco comum é acreditar que usar uma mão para urinar e a outra para segurar o telefone minimiza a propagação de germes e os mantêm longe do aparelho.
A Dra. Bernie explicou ao DailyMail.com que mesmo se a pessoa pensa que está limpa e que está apenas encostando em si mesma ou não está dando descarga em um mictório, há muitos respingos pelo banheiro.
A urologista alertou ainda que os banheiros públicos geralmente têm germes e bactérias em todo lugar que as pessoas encostam, desde a porta de entrada, passando pelo chão, pelas portas das cabines, a parede em que as pessoas podem encostar e as descargas dos banheiros.
“Tudo é pulverizado no ar com um terreno fértil para bactérias (e vírus) como E. coli, streptococcus, hepatite A e E”, completou Bernie.
Um estudo de 2020 conduzido no Irã analisou banheiros, coletando amostras de estruturas e objetos como maçanetas, torneiras, papéis-higiênicos, papéis-toalha, sabonetes e secadores de mãos.
Os pesquisadores identificaram que 89% das amostras estavam contaminadas, especialmente com E. coli, que correspondeu a 29% das amostras.
Portanto, se a pessoa vai ao banheiro com o celular a tiracolo e começa a mexer nele enquanto faz as suas necessidades, os respingos contaminados podem muito bem ir parar no aparelho.
Se pararmos para pensar não é difícil imaginar que toda essa contaminação possa ocorrer. Afinal, as fezes e a urina podem conter uma variedade de bactérias e vírus. Assim, ao dar descarga, eles podem ser dispersos pelo ambiente. As informações são do Daily Mail.
Fontes e referências adicionais
- Virus transmission from urinals, Physics of Fluids.
- A survey of public restrooms microbial contamination in Tehran city, capital of Iran, during 2019, Journal of Family Medicine and Primary Care.
Fontes e referências adicionais
- Virus transmission from urinals, Physics of Fluids.
- A survey of public restrooms microbial contamination in Tehran city, capital of Iran, during 2019, Journal of Family Medicine and Primary Care.