Quem afirmou isso foi um estudo feito na Inglaterra. Depois de entrevistar 1 mil pessoas, os responsáveis pela pesquisa chegaram à conclusão que quando alguém está faminto tem maior tendência de se alimentar com algo saudável, como um vegetal, do que com uma guloseima, se puder escolher.
Para obter esse resultado, os cientistas pediram que os participantes avaliassem o quão satisfeitos eles achavam que ficariam depois de consumir diferentes tipos de comida. Então, eles identificaram que frutas e vegetais foram classificados como os alimentos que mais saciam, enquanto biscoitos e salgadinhos foram considerados como os itens com menor poder para satisfazer o corpo.
A líder da pesquisa, a Dra. Nicola Buckland, da Escola de Psicologia da Universidade de Leeds, na Inglaterra, explicou que as pessoas que colaboraram com o estudo eram mais propensas a relacionar a sensação de saciedade com alimentos que são pobres em gorduras, ricos em fibras e mais caros.
Agora, a expectativa da equipe responsável pelo estudo é poder construir uma espécie de banco de dados em relação à maneira como diferentes tipos de comida são vistos pelos consumidores e, desse modo, colaborar com os médicos e a indústria alimentícia no combate à obesidade.
Eles ainda afirmaram que se as suas descobertas estiverem corretas, uma solução para o problema é direcionar as pessoas rumo a escolhas saudáveis na alimentação, tendo em vista que quando se deparam com uma comida saudável, elas a identificam como algo com maior potencial para matar a sua fome e, por consequência, devem optar por ela em detrimento de uma guloseima ou fast food.
“Essas descobertas são os primeiros passos em direção à construção de um ‘mapa da saciedade’ das comidas, tanto para os consumidores quanto para a indústria alimentícia”, disseram os pesquisadores quando apresentaram os resultados de seu trabalho no 22º Congresso Europeu da Obesidade, que foi realizado em Praga, na República Tcheca, entre os dias 6 e 9 de maio deste ano.
O próximo passo da equipe de pesquisa inglesa é avaliar a “medida de saciedade” que diferentes tipos de alimento possuem em relação a pessoas que foram bem sucedidas não somente em perder peso, mas também em manter-se longe dos quilos em excesso.