Às vezes é necessário fazer um exame de raio-X. Apesar de ser um exame muito usado, ele traz consigo doses baixas de radiação. Entenda o que acontece com nosso corpo depois da radiografia e veja se raio-X faz mal.
Se você ainda não precisou de um raio-X, é provável que um dia você precise. Essencial para o diagnóstico de ossos quebrados, esse exame permite que você tire uma foto da parte interna do seu corpo.
Aliás, o raio X também é muito importante para identificar manchas no pulmão e até mesmo para ajudar a medir a gravidade da COVID-19.
Certamente, a dose de radiação em exames como a radiografia é muito baixa. Ainda assim, existe a preocupação sobre esse exame já que a radiação pode danificar células.
Afinal, por que temos que vestir roupas de chumbo e por que o técnico que realiza o exame sai correndo da sala durante a realização do exame?
Veja a seguir como funciona um exame de raio-X e se a radiação faz mal ou não para a nossa saúde.
O que acontece com nosso corpo depois da radiografia?
O raio-X é um tipo de radiação que está presente em pequenas quantidades naturalmente no ambiente. Por isso, ela não faz mal.
Porém, em exames como o raio-X e a tomografia computadorizada, a dose de raio-X usada é maior do que a que somos submetidos diariamente.
Em doses mais altas, o raio-X tem potencial cancerígeno, ou seja, pode levar ao desenvolvimento de câncer. E isso acontece porque essa radiação atravessa o corpo humano, podendo danificar células e causar alterações no DNA.
No entanto, para que o raio X cause um dano significativo, é necessária uma quantidade de radiação alta ou um tempo de exposição muito longo.
Nos exames, a dose é bem baixa e o tempo de exposição é muito curto. Por isso, os riscos do exame são baixos.
Qual é o risco de uma radiografia?
O problema em relação aos exames que usam raio-X é repetir exames com muita frequência ou se submeter a exames desnecessários.
De fato, baixas doses de radiação estão presentes ao nosso redor o tempo todo. Por isso, ela não faz mal para a saúde. Porém, o raio-X é cumulativo – isto é, ele não sai do nosso corpo após o exame.
Assim, ao fazer exames repetidos, a tendência é que uma concentração maior de raio-X se acumule no seu corpo e tenha maior potencial de causar danos.
Portanto, só é indicado fazer um exame que usa radiação do tipo raio-X quando for realmente necessário.
Raio-X é seguro?
Para saber se você deve ou não se submeter a um exame de raio-X, pense sobre as perguntas abaixo e converse sobre elas com seu médico:
- Estou com suspeita de osso quebrado?
- Tenho suspeita ou risco de câncer de mama?
- Preciso realmente de uma tomografia computadorizada?
- Esse exame é necessário para fechar o meu diagnóstico?
Se a resposta for sim, isso significa que os benefícios do exame superam os riscos e que ele deve ser feito.
Certamente, a radiografia é uma ferramenta não invasiva extremamente necessária na identificação precoce de um câncer de mama, por exemplo. Aliás, se você quer entender como é feito esse exame, confira como é feita uma mamografia.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), os exames de raio-X contém um nível de radiação seguro.
Esse nível não causa efeitos adversos. Além disso, de acordo com um estudo publicado na revista científica Lancet em 2004, os raios-X aumentam o risco de câncer de 0,6 a 1,8% – o que é uma porcentagem muito baixa quando levado em conta os benefícios do exame.
Sendo assim, você não deve se preocupar com o que acontece com o seu corpo depois de uma radiografia.
Por outro lado, a exposição prolongada nunca é indicada. É por isso que a pessoa que manipula o equipamento de raio-X deixa a sala quando você está sendo examinado. Isso serve para reduzir a exposição do técnico ao raio X, já que ele fica o dia inteiro operando a máquina.
Além disso, os coletes de chumbo minimizam a exposição à radiação. Dessa forma, apenas o local examinado recebe os raios-X.
Considerações
Por fim, se você está gestante ou tentando engravidar, é importante evitar exames de raio-X, pois os raios X podem prejudicar o feto. Mas, dependendo do local do corpo que será submetido à radiação, a gestante pode fazer o exame se o médico julgar necessário.
Vale lembrar que estamos expostos a radiação o tempo todo, pois os alimentos e o ambiente ao nosso redor e até o nosso próprio corpo emite radiação. Porém, as quantidades são inofensivas, assim como a emitida na maioria dos exames.
Fontes e Referências Adicionais
- Harvard Medical School – Ask the doctor: should I worry about x-rays?
- Mayo Clinic – X-ray
- The New England Journal of Medicine – Computed tomography: an increasing source of radiation exposure
- Mayo Clinic – Radiation sickness
- Lancet – Risk of cancer from diagnostic X-rays: estimates for the UK and 14 other countries
- Cancer Research UK – Do medical scans and air travel cause cancer?
- U.S. Food & Drug Administration – What are the radiation risks from CT?
American Cancer Society – Do X-rays and gamma rays cause any other health problems? - Mayo Clinic – Radiation exposure during imaging exams
- WebMD – X-rays
Fontes e Referências Adicionais
- Harvard Medical School – Ask the doctor: should I worry about x-rays?
- Mayo Clinic – X-ray
- The New England Journal of Medicine – Computed tomography: an increasing source of radiation exposure
- Mayo Clinic – Radiation sickness
- Lancet – Risk of cancer from diagnostic X-rays: estimates for the UK and 14 other countries
- Cancer Research UK – Do medical scans and air travel cause cancer?
- U.S. Food & Drug Administration – What are the radiation risks from CT?
American Cancer Society – Do X-rays and gamma rays cause any other health problems? - Mayo Clinic – Radiation exposure during imaging exams
- WebMD – X-rays