Consumo de fibras ajuda a eliminar compostos tóxicos eternos do corpo; entenda

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Um estudo publicado na revista científica Environmental Health diz que consumir fibras pode ajudar o organismo a se livrar de substâncias tóxicas conhecidas como “produtos químicos eternos”.

Os autores observaram a diminuição desses compostos no sangue de participantes após quatro emanas de alimentação com o maior teor de fibras.

A pesquisa foi realizada no Canadá, entre 2019 e 2020, com 72 homens adultos diagnosticados com colesterol alto. Foram coletadas amostras de sangue no início do experimento e após quatro semanas, período em que seguiram uma dieta com maior ingestão de alimentos ricos em fibras.

“A comparação das concentrações de PFAS no início do estudo e após um acompanhamento de quatro semanas mostrou que o total de PFAS detectado diminuiu tanto no grupo controle quanto no grupo de intervenção para colesterol”, escreveram os autores no artigo.

Foi identificada a redução especialmente nos níveis de PFOS e PFOA, dois dos compostos mais comuns e considerados entre os mais perigosos. Eles pertencem ao grupo dos PEAS considerados de ‘cadeia longa’, ou seja, que se acumulam no organismo com mais facilidade e são mais difíceis de eliminar.

Os cientistas acreditam que certos tipos de fibra formam um gel no intestino capaz de impedir a absorção dos PFAS. O mesmo mecanismo já é conhecido por reduzir a absorção de ácidos biliares, substancias produzidas pelo fígado para auxiliar na digestão e que contém estrutura química semelhante à dos PFAS.

Com a possibilidade desses PFAS de cadeia longa serem eliminados pela bile, o aumento de excreção de ácidos biliares pelas fezes também pode facilitar a saída dessas substâncias pelo organismo.

No entanto, o efeito observado foi menos eficaz para os PFAS de ‘cadeia curta’, que tendem a ser eliminados pela urina e são menos afetados pelas fibras no intestino.

Ademais, os estudiosos afirmam que são necessárias pesquisas mais longas para confirmar os resultados obtidos. Atualmente, um estudo com controle mais rigoroso das fontes de exposição aos PFAS e um período maior de suplementação com fibras já está sendo realizado.

“Estudos futuros de intervenção precisam controlar as fontes de exposição a PFAS e estender a ingestão de suplementos alimentares para além de quatro semanas”, concluem os cientistas.

As substâncias per e polifluoroalquil (PFAS) são usadas pela indústria para tornar produtos resistentes à água, à gordura e a manchas. Os compostos estão presentes em itens como panelas antiaderentes, tecidos impermeáveis e embalagens de alimentos.

Conhecidas como ‘químicos eternos’, os PFAS não se decompõem no ambiente e podem se acumular tanto na natureza quanto no corpo humano. Estudos já associaram esses compostos a uma série de problemas de saúde, como câncer, colesterol alto, doenças renais, queda na imunidade e problemas congênitos.

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