O alho é um dos vegetais mais antigos cultivados em todo o mundo, e é considerado tanto um alimento como um medicamento tradicional, tendo efeitos positivos não só para diabetes, como também para outras condições de saúde. Conheça todos os benefícios desse alimento.
Esses potenciais efeitos para a saúde fazem com que o alho seja uma das plantas mais estudadas atualmente, com dezenas de pesquisas em andamento e muita especulação acerca de seus benefícios.
Por isso, a seguir vamos conhecer algumas das propriedades medicinais do alho, e entender como esse alimento pode beneficiar pessoas com diabetes.
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A diabetes é uma doença relativamente comum no Brasil e no mundo, e pode ser dividida em 3 tipos:
Assim, independentemente do tipo, essas pessoas têm dificuldades para regular os níveis de açúcar no sangue, o que leva a episódios frequentes de hiperglicemia.
O alho, ou Allium sativum, é um alimento utilizado em uma série de receitas, devido ao seu sabor único e agradável.
Tradicionalmente, o alho tem sido recomendado para ajudar no tratamento da diabetes e para regularizar a pressão arterial, e por isso o seu consumo também pode reduzir a incidência de doenças cardíacas, que afetam aproximadamente 80% das pessoas com diabetes.
Esses efeitos se devem principalmente à presença de um composto chamado Alicina, presente no alho cru, que possui ainda propriedades como:
Por fim, esse alimento também é uma fonte muito boa de vitamina B6, que está envolvida no metabolismo dos carboidratos, e da vitamina C, que também pode desempenhar um papel na manutenção dos níveis de açúcar no sangue.
Algumas pesquisas de fato sugerem que o consumo de alho cru pode ajudar a reduzir a quantidade de glicose no sangue, uma vez que é antes do cozimento que os níveis de alicina estão maiores no alimento.
Um estudo, publicado em 2005, alimentou ratos diabéticos com 1 ml de alho para cada 100 gramas de peso corporal ao longo de 4 semanas, e como resultado eles descobriram que o alho ajudou a diminuir o nível de açúcar no sangue.
“Os resultados mostraram que o suco de alho exerceu efeitos antioxidantes e anti-hiperglicêmicos e, consequentemente, podem aliviar o dano hepático e renal causado por um determinado composto criado pelo diabetes”, escreveram os pesquisadores na revista Food and Chemical Toxicology.
Já um estudo mais recente, intitulado de “Efeito do suplemento de alho no tratamento do diabetes mellitus tipo 2: uma meta-análise de ensaios clínicos randomizados” confirmou que o alho contribui para melhorar o controle glicêmico em 1 a 2 semanas. Além disso, desempenha um papel positivo no colesterol total e na regulação da lipoproteína de alta/baixa densidade em 12 semanas.
Entretanto, embora estes estudos demonstrem que consumir alho é bom para diabetes tipo 2, existem algumas organizações de saúde que contraindicam a ingestão do mesmo, devido aos efeitos colaterais que ele pode causar.
Além disso, a quantidade de alho cru a ser consumida para que se possa usufruir de seus efeitos é alta, de mais de um dente de alho ao dia.
Por isso, existe a possibilidade de se utilizar suplementos de alho, que contém boas quantidades de alicina, e pode ser mais agradável para pessoas que não apreciam o sabor desse vegetal.
O alho é um alimento com um odor e sabor muito forte, e embora seja geralmente seguro consumir esse alimento, você poderá ter alguns efeitos colaterais menores, como por exemplo:
Além disso, o alimento pode aumentar o risco de sangramentos, principalmente quando consumido em excesso ou por pessoas que utilizam medicamentos anticoagulantes.
Por isso, consulte um médico antes de iniciar o uso do alho ou de seus suplementos para tratar qualquer problema de saúde.
Como você pode ver, de acordo com várias pesquisas, o alho pode ser benéfico para pessoas com diabetes.
Assim, é importante conhecer formas de adicioná-lo à dieta:
Mas, se você prefere um sabor e odor menos forte, uma opção é consumir as escápulas de alho, que são brotos de alho que aparecem quando a planta amadurece. Elas apresentam um sabor mais suave, e você poderá cortá-las e misturá-las em salgadinhos, refogados, molhos, saladas, etc.
O controle da diabetes deve ser feito com o auxílio de uma equipe multiprofissional, ou seja, a partir da orientação de diferentes profissionais:
Além disso, uma maneira de manter os níveis de açúcar no sangue o mais estáveis possível é verificando o índice glicêmico (IG) de cada alimento, pois ele mostra quanto um determinado alimento pode aumentar seus níveis de açúcar no sangue.
O IG ajuda, então, no planejamento das refeições diárias e evita combinações de alto teor de carboidratos. Um baixo IG está entre 1 e 55 e é considerado alto quando está entre 70 ou mais.
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