Em uma reviravolta de atenção à saúde, o renomado ator australiano Chris Hemsworth, reconhecido pelo seu papel como Thor nos filmes da Marvel, revelou ter adaptado seus hábitos diários após descobrir que carrega uma predisposição genética para a doença de Alzheimer.
Esta transformação em sua rotina surgiu depois de Hemsworth submeter-se a um exame genético enquanto participava das gravações da série documental “Limitless with Chris Hemsworth” (Sem limites com Chris Hemsworth) para a Nat Geo, abordando temas sobre longevidade.
O exame indicou que o ator possui duas versões do gene APOE e4, uma mutação ligada a um risco significativamente aumentado de Alzheimer, variando de 8 a 12 vezes. Mesmo que essa predisposição genética não determine a manifestação da doença, ela amplia as probabilidades, levando Hemsworth a uma reavaliação consciente de suas escolhas de vida.
Em busca de um bem-estar ampliado, Chris Hemsworth ampliou seu compromisso com o sono de qualidade, priorizando atividades relaxantes antes de se deitar, como a leitura. Também redirecionou seu treinamento físico, diminuindo a frequência de levantamento de peso e dando mais espaço para exercícios cardiovasculares e de resistência. O ator enfatizou ainda o desejo de estreitar laços familiares, buscando uma conexão mais profunda com seus filhos e valorizando o presente.
Mas, afinal, seria possível que mudanças de hábitos influenciem positivamente na prevenção do Alzheimer, mesmo para quem possui predisposições genéticas?
Um estudo divulgado na prestigiada revista científica Neurology afirma que sim. A pesquisa, liderada por especialistas do Centro Médico da Universidade do Mississipi, analisou o impacto de sete práticas saudáveis, recomendadas pela Associação Americana do Coração para uma ótima saúde cardiovascular, na prevenção de demências.
Baseando-se em dados de mais de 10.000 indivíduos ao longo de três décadas, o estudo revelou que seguir esses “7 simples hábitos de vida” pode diminuir em até 43% o risco de demência, incluindo aqueles geneticamente predispostos.
Adrienne Tin, pesquisadora do estudo, ressaltou a eficácia destes hábitos em prevenir a demência mesmo para aqueles com alto risco genético.
Essas sete estratégias vitais são:
- Manter-se fisicamente ativo
- Adotar uma dieta equilibrada e saudável
- Evitar excesso de peso
- Abstência do tabagismo
- Monitorar e manter a pressão arterial dentro de níveis saudáveis
- Controlar regularmente os níveis de colesterol
- Gerir e manter os níveis de açúcar no sangue estáveis.
Ao término da pesquisa, os dados mostraram que, em média, a incidência de demências, incluindo Alzheimer, era de 6% a 43% menor entre aqueles que adotaram tais hábitos. O impacto variou conforme a quantidade e a intensidade das práticas integradas ao estilo de vida.