Recentemente, autoridades sanitárias do estado da Geórgia, nos Estados Unidos, comunicaram a morte de um homem que foi infectado pela rara ameba Naegleria fowleri, mais conhecida como “comedora de cérebros”.
Segundo o Departamento de Saúde Pública da Geórgia, a ameba é capaz de causar uma infecção incomum que destrói o tecido cerebral e provoca inchaço, resultando geralmente na morte do infectado.
Formas de contágio
O homem provavelmente contraiu a ameba enquanto nadava em um lago de água doce. A Naegleria fowleri não é encontrada em água salgada ou potável, e também não é comum em piscinas devidamente tratadas.
A infecção ocorre quando a água contaminada entra pelo nariz, pois a ameba não causa problemas quando ingerida e não é transmitida entre pessoas.
Infelizmente, não há informações claras sobre a data exata do óbito ou o local preciso onde a ameba foi contraída. Além desse caso, outras ocorrências foram relatadas nos Estados Unidos ao longo do ano de 2023.
Outros casos
Em julho, confirmou-se que um menino de 2 anos de idade, residente no condado de Lincoln, em Nevada, faleceu após ser infectado pela ameba comedora de cérebro. Suspeita-se que ele possa ter sido exposto à ameba em Ash Springs, uma fonte termal natural.
Essa não foi a única vítima nos Estados Unidos este ano. Em fevereiro, um homem na Flórida também morreu após ser infectado pela ameba, possivelmente por enxaguar os seios da face com água da torneira, conforme informações das autoridades de saúde.
Dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA revelam que, nos anos anteriores, foram confirmados três casos de infecções pela Naegleria fowleri em Iowa, Nebraska e Arizona, respectivamente, após exposição à água doce em 2019, 2020 e 2021.
Alerta e sintomas
O Departamento de Saúde Pública da Geórgia ressaltou que, embora o risco de infecção seja baixo, é fundamental que indivíduos que nadam em águas doces quentes estejam sempre cientes desse risco. Os sintomas da infecção podem incluir forte dor de cabeça, febre, náusea, vômitos e, em casos mais graves, podem progredir para rigidez do pescoço, convulsões e coma, levando à morte em aproximadamente cinco dias após o início dos sinais.