O lendário ator francês Alain Delon, 88 anos, que já foi conhecido como o homem mais bonito do mundo, atualmente pede para colocar um fim em sua vida.
O artista sofre com sequelas físicas e psicológicas de um acidente vascular cerebral (AVC) que sofreu em 2019 e faz apelo por suicídio assistido.
Em entrevista ao jornal Le Parisien, o dono dos olhos azuis tão cobiçados por tantos anos desabafou: “Quero morrer, a vida acabou”.
Em um vídeo publicado em 2022, uma das últimas vezes que apareceu publicamente, o artista disse: “Tomei minha decisão faz tempo. Minha vida foi bela, mas também difícil”. O ator vive a maior parte da vida na Suíça, onde o procedimento é permitido.
Essa batalha pela vida, ou morte, não é o único assunto que Alain vem enfrentando ultimamente. A Justiça designou um representante legal para acompanhar o antigo sex symbol em seu tratamento médico e na escolha de seus cuidados. As informações são da AFP.
Em 10 de janeiro deste ano, os advogados do ator, em conjunto com o filho mais velho dele, Anthony, pediram para que a lenda do cinema francês fosse colocada sob “proteção” por “motivos de saúde”.
O auto do juiz, de 25 de janeiro, diz que “existe um desacordo entre os três filhos do Sr. Alain Delon, em particular com relação a sua atenção médica. É necessário, em vista do conflito (…), que se designe um representante judicial de proteção de maiores, neutro e imparcial, para assisti-lo”, diz parte do texto publicado.
Os três filhos do ator iniciaram a guerra na Justiça no início do mês: Anthony, 59 anos, e Alain-Fabien, 29 anos, acreditam que o veterano está sendo manipulado pela irmã, Anouchka, 33 anos, a quem acusam de ter escondido o estado de saúde de Alain e querer levá-lo de vez para a Suíça.
O advogado Frank Berton, que representa a filha de Delon, disse à AFP que Anouchka “aplaude que a Justiça tenha designado um representante”.
Cárcere privado e maus-tratos
O drama na vida de Alain não acaba por aí: os três filhos acusam a sua ex-assistente, Hiromi Rollin, de mantê-lo em cárcere privado e maltratá-lo.
Com isso, o Ministério Público francês periciou e constatou que o galã não tem mais discernimento, por isso, não pode tomar decisões sobre o suicídio assistido.
Contra a sua vontade, Alain foi levado para uma propriedade em Douchy, no norte da França, e seguranças impedem a aproximação de pessoas não autorizadas no local, nem sequer o advogado tem acesso a ele.