Dolomita: o que é, para que serve e benefícios

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Quando falamos na dolomita, estamos falando de um tipo de calcário composto basicamente por carbonato de magnésio e carbonato de cálcio. Além disso, a sua composição também pode apresentar metais pesados, como é o caso do chumbo. 

A dolomita pode ser utilizada na produção de tintas, vidros, plásticos, borrachas, colas e adesivos. Para se transformar nesses produtos, ela passa por uma etapa de purificação, que serve para eliminar possíveis contaminantes químicos e biológicos.

Entretanto, não é somente para isso que a dolomita serve: há quem recorra a ela em busca de benefícios para a saúde e a beleza. Mas será que vale a pena?

Benefícios da dolomita

Pele
As promessas da dolomita incluem contribuir com a beleza da pele e com a saúde dos ossos

Propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, antissépticas, calmantes, cicatrizantes e alcalinizantes já foram atribuídas à dolomita.

Ao mesmo tempo, algumas pessoas utilizam a dolomita como uma fonte de cálcio e magnésio, no entanto, não existem boas evidências científicas para dar suporte a esse tipo de uso. Existe ainda uma preocupação de que ela não seja segura. Vamos entender isso melhor!

Saúde dos ossos

O cálcio presente na dolomita é um mineral fundamental para a saúde dos ossos. Assim, não é de se espantar que uma pesquisa que saiu no Southern Medical Journal tenha apontado que pessoas preocupadas com a saúde dos ossos faziam uso excessivo de dolomita.

O problema é que o estudo também identificou a possibilidade de intoxicação devido ao uso do dolomita, envolvendo distúrbios no sistema nervoso, no sistema digestivo, na pele e no sangue.

No mesmo sentido, a dolomita brasileira, que é conhecida como Gran-White, é usada como suplemento alimentar para auxiliar na prevenção e tratamento da osteoporose.

Inclusive, um estudo da Universidade Federal da Bahia indicou que a Gran-White gerou um aumento da taxa de reprodução celular, o que pode ter relação com o crescimento da massa óssea.

Porém, são necessários mais estudos para confirmar esses efeitos e saber até que ponto eles são relevantes. Portanto, quem tem osteoporose deve continuar a tratar a doença conforme as orientações do seu médico.

Queimaduras e lesões

Graças ao fato de possuir ação calmante, anti-inflamatória, cicatrizante e antisséptica, a dolomita é utilizada na pele para aliviar dores causadas por queimaduras e lesões. Este, inclusive, é um dos seus principais usos na pele.

Pele

Por falar na pele, quando se mistura a dolomita com água ou soro fisiológico, forma-se uma pasta cremosa que pode ser aplicada na pele. Este processo é parecido com o uso da argila em uma rotina de skincare.

Aliás, a dolomita é utilizada há anos para fins estéticos, entre eles ajudar a tonificar e revitalizar a pele do rosto. Mas é preciso ter cuidado. 

Usar demais as máscaras faciais que contam com a presença da dolomita na sua fórmula pode não ser uma boa ideia, já que isso pode prejudicar a saúde da pele e do rosto. O motivo é o fato da pele ter um pH ácido e a dolomita ter um pH alcalino. 

O resultado é que a dolomita pode alterar a barreira cutânea, contribuindo até mesmo com o surgimento de doenças na pele. As máscaras com dolomita exigem um cuidado ainda maior, já que por serem oclusivas (fecharem bem na pele), aumentam a absorção de ativos.

Já ouviu falar sobre o uso da dolomita para tratar o melasma devido à sua ação clareadora? Bem, a verdade é que até então não existem estudos clínicos que comprovam que a dolomita realmente tem a capacidade de clarear a pele.

Riscos e cuidados

Uma das preocupações é que os suplementos de dolomita podem ser contaminados por metais pesados, como alumínio, arsênio, chumbo, mercúrio e níquel.

Por este motivo, a recomendação é trocar os suplementos de dolomita por opções mais seguras de suplementos de cálcio ou magnésio.

A dolomita também pode interagir com alguns medicamentos, ou seja, causar efeitos indesejados quando utilizada ao mesmo tempo em que esses remédios. Portanto, quem toma algum medicamento deve consultar o médico para saber se a dolomita pode ser usada conjuntamente com o remédio em questão.

Por exemplo, a dolomita interage com diuréticos tiazídicos, diuréticos poupadores de potássio, antibióticos quinolonas, antibióticos tetraciclinas, bisfosfonatos, levotiroxina e sotalol.

De qualquer modo, como todos os possíveis benefícios da dolomita ainda precisam de mais estudos e evidências para que se confirmem, é prudente que qualquer pessoa que esteja pensando em utiliza-la, procure um médico para entender os possíveis benefícios, e a forma segura de usar.

Contraindicações da dolomita

Cabelos
Ao contrário do que alguns imaginam, a dolomita não é indicada para os cabelos

Devido justamente ao risco de contaminação por metais pesados, recomenda-se que crianças, gestantes e mulheres que amamentam não utilizem a dolomita. Ao mesmo tempo, o seu uso por parte dos idosos exige uma avaliação cuidadosa.

Além disso, ela é contraindicada em casos de bloqueio cardíaco ou atrioventricular por ser uma fonte de magnésio, que em excesso não é bom para as pessoas que sofrem com a condição.

Como o magnésio e o cálcio em excesso pode fazer mal para as pessoas que têm doença renal e a dolomita contêm os dois minerais, ela também deve ser evitada por quem apresenta problemas nos rins.

Quem tem sarcoidose também não pode fazer uso da dolomita, pois a doença aumenta o risco de absorver muito cálcio.

Embora algumas pessoas digam que a dolomita traz um efeito hidratante aos cabelos, ela não é indicada para tratar os fios, pois além de não ter a capacidade de nutri-los, a dolomita pode prejudicar a saúde dos cabelos.

Fontes e referências adicionais

Você já conhecia a dolomita? Já chegou a usar? Comente abaixo!

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