Gliclazida é um medicamento que pode ser indicado para o tratamento da diabetes do tipo 2 (na qual o paciente não precisa usar a insulina), da diabetes em obesos, da diabetes em idosos e da diabetes em pacientes com complicações vasculares.
O remédio é categorizado como um agente antidiabético oral da classe das sulfonilureias. O seu uso é oral e adulto e a sua comercialização deve ocorrer somente com a apresentação da receita médica.
Será que Gliclazida emagrece?
Agora que já vimos o que é e para que serve o medicamento, chegamos na parte em que vamos verificar se Gliclazida emagrece ou não.
Pois bem, para descobrir isso, uma das coisas que fizemos foi consultar a bula do medicamento. E de acordo com o documento, não podemos concluir que Gliclazida emagrece.
Em primeiro lugar porque não é para a perda de peso que o remédio é destinado. Em segundo, porque a bula não menciona nenhum tipo de efeito colateral do medicamento que possa provocar diretamente a perda de peso.
Além disso, os medicamentos da classe das sulfonilureias, como a Gliclazida, podem na verdade provocar o aumento do peso. Os remédios dessa classe aumentam os níveis de insulina no sangue, o que provoca um crescimento no apetite e acúmulo de gordura.
Se você perceber que a Gliclazida engorda depois que começou a tomar o remédio – ou mesmo que emagrece, especialmente de maneira expressiva, lembrando que o baixo peso também pode prejudicar a saúde – converse com o seu médico a respeito do que fazer para reverter o problema ou para saber se a sua medicação não pode ser trocada.
Não interrompa o tratamento com Gliclazida por conta própria e nem muito menos deixe de tratar a sua diabetes conforme a indicação médica porque isso pode prejudicar gravemente a sua saúde.
A própria bula do medicamento alerta que o tratamento não deve ser interrompido sem que haja o conhecimento do médico. “A interrupção do tratamento pode causar hiperglicemia que aumenta o risco de desenvolver complicações da diabetes”, informa o documento.
Efeitos colaterais da Gliclazida
De acordo com a bula do medicamento, ele pode provocar os seguintes efeitos colaterais:
- Hipoglicemia – os sintomas são: dor de cabeça, fome intensa, náuseas, vômitos, fadiga, distúrbios do sono, agitação, agressividade, falta de concentração, vigilância e tempo de reação reduzida, depressão, confusão mental, distúrbios da fala ou visão, tremores, distúrbios sensoriais, tontura, sensação de impotência, sudorese, pele úmida, ansiedade, batimentos cardíacos acelerados ou irregulares, aumento da pressão arterial, dor súbita intensa no peito que pode irradiar para regiões vizinhas (angina pectoris). Se os níveis de açúcar sanguíneo continuarem a reduzir, pode ocorrer confusão maior (delírio), convulsões, alterações de comportamento, dificuldade de respiração, batimentos cardíacos mais lentos e inconsciência. Na maioria dos casos, os sintomas da hipoglicemia desaparecem muito rapidamente se consome açúcar, porém não adoçantes artificiais. Se os sintomas não forem tratados podem evoluir para sonolência, perda de consciência e até mesmo coma. Em caso de hipoglicemia prolongada ou grave, incluindo a hipoglicemia temporariamente controlada pela absorção de açúcar, deve-se entrar imediatamente em contato com seu médico;
- Casos isolados de função hepática anormal, podendo resultar em uma coloração amarelada dos olhos e pele foram reportados – neste caso, deve-se consultar o médico imediatamente para que ele decida se o tratamento deve continuar ou não;
- Reações de pele como erupção cutânea, vermelhidão, coceira, urticária e angioedema (inchaço rápido de tecidos, como pálpebras, face, lábios, boca, língua ou garganta) que pode resultar em dificuldade respiratória foram reportadas. A erupção cutânea pode evoluir para bolhas generalizadas ou descamação da pele;
- Diminuição do número de células sanguíneas (por exemplo, plaquetas, células sanguíneas brancas e vermelhas), que pode causar palidez, sangramento prolongado, contusões, dor de garganta e febre;
- Distúrbios digestivos como náusea, prisão de ventre, indigestão, diarreia, vômito e dor abdominal, que podem ser diminuídos se o remédio for tomado com as refeições, conforme recomendado;
- Visão brevemente afetada, especialmente no período inicial do tratamento;
- Mudanças severas no número das células sanguíneas;
- Inflamação alérgica da parede dos vasos sanguíneos;
- Diminuição dos níveis de sódio no sangue – hiponatremia;
- Sintomas de prejuízo da função hepática (por exemplo, icterícia, que é o amarelamento da pele, dos olhos e membranasmucosas) que na maioria dos casos desaparecem com a interrupção do tratamento com sulfonilureias, mas eles podem levar, em casos isolados, a uma insuficiência hepática com ameaça de vida ao paciente.
Ao experimentar qualquer uma dessas reações adversas ou ainda qualquer outro tipo de efeito colateral, procure rapidamente o auxílio do médico, mesmo que os sintomas não aparentem ser graves.
Isso é importante para verificar qual a seriedade da reação, saber qual tipo de tratamento ela exige e descobrir como proceder a partir de então, de maneira segura, em relação ao tratamento.
Contraindicações e cuidados com a Gliclazida
O remédio não pode ser utilizado pelos seguintes grupos de pessoas:
- Que têm hipersensibilidade (alergia) à gliclazida, a qualquer outro componente da fórmula do medicamento, a outros remédios da classe das sulfonilureias e a medicamentos relacionados (sulfamidas hipoglicemiantes);
- Que sofre com a diabetes do tipo 1, doença em que o paciente utiliza a insulina;
- Que apresenta corpos cetônicos ou açúcar na urina (o que pode ser indício de diabetes com cetoacidose);
- Que encontra-se em pré-coma ou coma diabético;
- Que tem doença renal;
- Que sofre com doença hepática;
- Que utiliza medicamentos para o tratamento de infecções fúngicas como miconazol;
- Mulheres que estejam amamentando;
- Crianças e adolescentes;
- Mulheres que estejam grávidas.
A paciente deve informar ao médico caso esteja grávida ou amamentando, se suspeitar de uma gravidez ou desejar engravidar.
É necessário informar ao médico caso esteja fazendo uso de qualquer tipo de medicamento, suplemento ou planta medicinal para que ele verifique se não faz mal usar a substância em questão e Gliclazida ao mesmo tempo.
Durante o tratamento com Gliclazida, o nível de açúcar no sangue e na urina e a hemoglobina glicada devem ser regularmente monitorados. Nas primeiras semanas de tratamento, o risco de hipoglicemia – que é a taxa baixa de glicose no sangue – pode aumentar, o que exige um controle médico rigoroso.
A hipoglicemia pode ser observada nos seguintes casos:
- Se as refeições não são feitas em intervalos regulares ou são puladas;
- Se a pessoa faz jejum;
- Se o paciente é desnutrido;
- Se a dieta é alterada;
- Se a atividade física aumenta e a ingestão de carboidratos não compensa este aumento;
- Se a pessoa ingere bebidas alcoólicas e, especialmente, pula refeições;
- Se o paciente toma outros medicamentos ou medicamentos naturais ao mesmo tempo;
- Se o paciente tomar uma dose muito alta de gliclazida;
- Se sofrer de alguma desordem hormonal especial (desordens funcionais da tireoide, glândulas pituitária ou adrenal);
- Se a função renal ou hepática do paciente estiver severamente reduzida.
Já se o paciente perceber que seus níveis de glicose no sangue continuam elevados mesmo com o uso de Gliclazida como o médico prescreveu, ele deve informar ao médico a respeito do problema.
A concentração e a capacidade de reação do paciente podem diminuir caso ele sofra com hipoglicemia ou hiperglicemia durante o tratamento, o que torna a condução de veículos e de equipamentos (máquinas) arriscada. As informações são da bula de Gliclazida.
Posologia de Gliclazida
A bula alerta que a dosagem de Gliclazida deve ser definida pelo médico, que a determinará com base no nível de açúcar sanguíneo e, possivelmente, no nível de glicose urinário do paciente.
O médico pode alterar essa dosagem caso ocorra uma melhora nas taxas de glicose no sangue do paciente ou por conta de alterações em fatores externos como perda de peso, mudança no estilo de vida ou estresse, por exemplo, completou o documento.
A bula também informou que a dose usual é um a quatro comprimidos diariamente (máximo de 120 mg) em uma única tomada oral com um copo de água no café da manhã, de preferência sempre no mesmo horário. Porém, lembre-se que é o médico quem deve determinar essa dosagem.
O documento ressaltou que a administração de Gliclazida deve ser sempre seguida por uma refeição e que o medicamento não pode ser partido, aberto ou mastigado e que o paciente deve seguir as ordens do médico em relação aos horários de uso e a duração do tratamento com o remédio.
Atenção: este artigo jamais substitui a consulta e prescrição médica ou a leitura da bula do remédio na íntegra. Converse com o seu médico antes de começar a usar Gliclazida.
Meu marido começou a tomar agora…
E está sentindo muita fraqueza…
Mal estar…
Será que tem a haver..ele tem diabetes 2
Eu me preocupo muito com o excesso de gordura no corpo e no fígado
Tomo a glicazida a um mês, já perdi muito peso,sou magra e continuo perdendo peso, ñ sei o q fazer, isso me irrita, já c a auestima muito baixa, tenho vontade de parar tudo , af.