Um granuloma piogênico é um nódulo benigno e vascular, ou seja, não é cancerígeno e é composto de capilares sanguíneos, que são vasos de pequeno calibre e parede fina. Por ser altamente irrigado, o granuloma piogênico exibe coloração vermelha e brilhante e, em algumas vezes, arroxeada.
O granuloma forma uma massa carnosa e volumosa, por isso é conhecido por algumas pessoas como carne esponjosa, principalmente quando se forma no nariz ou como complicação de uma unha encravada.
Os granulomas piogênicos geralmente têm de 0,5 a 2 cm de diâmetro e surgem como uma protuberância ou saliência na superfície da pele que podem, ou não, ficar completamente presas a ela.
Além da superfície da pele, os granulomas piogênicos também podem se formar nas mucosas, por exemplo, na gengiva e na cavidade nasal. Quanto à consistência, geralmente são moles, podendo ser úmidos ou crostosos.
A pessoa com um granuloma piogênico não sente dor, quando alguém ou algo toca ou esbarra no nódulo. Mas ele sangra facilmente ao toque ou à raspagem, porque é composto, basicamente, de capilares sanguíneos.
Veja mais detalhes sobre o granuloma piogênico, as possíveis causas e como são feitos o diagnóstico e o tratamento desse tipo de nódulo.
Causas do granuloma piogênico
O granuloma piogênico se desenvolve rapidamente após uma lesão ou ferimento na pele, que muitas vezes nem é percebida.
Por isso, o granuloma acomete, com maior frequência, áreas mais suscetíveis a traumas, como é o caso da prega ungueal, que é o local de contato da pele com a unha.
O granuloma piogênico também pode se formar em outros locais do corpo, como:
- Nariz
- Lábios
- Pescoço
- Peito
Os motivos ainda não são conhecidos, mas os granulomas piogênicos tendem a aparecer durante a gestação e afetar até o interior da boca ou das pálpebras das gestantes. Por este motivo, são muitas vezes chamados de tumores gravídicos.
Também há casos em que a pessoa desenvolve um granuloma piogênico após iniciar um tratamento com isotretinoína (Roacutan®), um medicamento usado para tratar acne grave, resistente e rosácea.
A hipótese mais aceita é a de que o granuloma piogênico se forma em resposta a uma irritação (trauma) local e a fatores hormonais, que ainda não são bem compreendidos.
Acredita-se que no caso dos granulomas piogênicos orais, maus hábitos de higiene são os responsáveis pela irritação e inflamação na gengiva, que podem favorecer a formação do nódulo. Esse tipo de granuloma piogênico se desenvolve com maior frequência nas crianças e nas gestantes, devido ao efeito dos hormônios femininos sobre os vasos sanguíneos.
Diagnóstico do granuloma piogênico
O diagnóstico do granuloma piogênico é feito com um exame de biópsia, com o qual o médico ou médica retira uma pequena amostra do tecido do granuloma e a envia para ser analisada em laboratório.
Com este exame, é possível saber se o nódulo se trata de um granuloma piogênico ou algum tipo de câncer de pele, como o melanoma.
Tratamentos do granuloma piogênico
Muitas vezes, não é preciso nenhum tratamento para o granuloma piogênico, pois desaparece por si só.
No entanto, quando é persistente, o médico ou médica pode optar por removê-lo cirurgicamente, com excisão por bisturi e posterior sutura, ou eletrocirurgia, com curetagem e eletrodissecção com agulha elétrica. Atualmente, há também a possibilidade de remover o granuloma piogênico à laser.
Também é possível remover o granuloma piogênico com criocirurgia, utilizando nitrogênio líquido, ou com cauterização química, realizada com ácido tricloroacético.
Nas gestantes, os granulomas resolvem-se sem tratamento após a gestação, com o retorno dos hormônios aos seus níveis normais. Em alguns casos, eles sofrem maturação fibrosa, formando um tipo de fibroma.
Não é incomum após a remoção cirúrgica do granuloma piogênico, o seu retorno no mesmo local. Nesse caso, é preciso removê-lo novamente, junto com um pedaço da pele onde está localizado o vaso sanguíneo que alimenta o granuloma, a fim de evitar que retorne mais uma vez.
Fontes e referências adicionais
- Granuloma piogênico com características clínicas atípicas: relato de caso, Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial, 2012; 12(3): 31-34.
- Granuloma Piogênico: descrição de dois casos incomuns e revisão da literatura, Surgical & Cosmetic Dermatology, 2013; 5(3): 263-268.
- Granuloma piogênico de grandes proporções: relato de caso clínico-cirúrgico, Archives of Health Investigation, 2015; 4(3): 1.
Fontes e referências adicionais
- Granuloma piogênico com características clínicas atípicas: relato de caso, Revista de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial, 2012; 12(3): 31-34.
- Granuloma Piogênico: descrição de dois casos incomuns e revisão da literatura, Surgical & Cosmetic Dermatology, 2013; 5(3): 263-268.
- Granuloma piogênico de grandes proporções: relato de caso clínico-cirúrgico, Archives of Health Investigation, 2015; 4(3): 1.