Quando se pensa em bolhas e manchas vermelhas na pele, que doem e coçam, a primeira associação que se faz é de uma criança com catapora. Mas, adultos e idosos também manifestam esses sintomas, quando estão com herpes zóster, popularmente conhecido como cobreiro. Essa doença ocorre por uma reativação do mesmo vírus causador da catapora.
Veja o que é o herpes zóster, os sintomas, como se pega e os tratamentos.
O que é herpes zóster?
O herpes zóster é causado pelo mesmo vírus responsável pela catapora, o Varicella zoster virus (VZV) ou herpesvírus humano tipo 3.
A catapora ou varicela ocorre com maior frequência durante a infância, resultado do primeiro contato com o vírus. Já o herpes zóster é mais comum entre os idosos, quando esse vírus, que estava incubado em um gânglio nervoso, é reativado por algum fator que enfraquece o sistema imune.
O vírus volta a ficar ativo no nervo onde estava alojado, causando uma leve coceira e formigamento no local. Algum tempo depois, surgem as bolhas vermelhas cheias de líquido, que contêm o vírus ativo.
Sintomas do herpes zóster
- Coceira, formigamento e queimação no estágio pré-lesão, antes das feridas aparecerem na pele.
- Feridas em forma de bolhas avermelhadas contendo um líquido, que aparecem em apenas um lado do corpo (direito ou esquerdo), não atravessando a linha média.
- A região onde as feridas aparecem coincide com o local do nervo onde o vírus ficou incubado.
- A disposição das feridas forma como se fosse um trajeto, que coincide com o comprimento do nervo afetado. É bem evidente que esse “caminho” de feridas se forma do lado direito ou esquerdo.
- As feridas afetam, geralmente, o tronco (abdômen e costas), face ou os membros superiores.
- Dor no local das feridas, pois são originadas em um nervo, o que as torna bastante dolorosas.
- A dor pode aparecer na fase pré-lesão e permanecer após a resolução das feridas, constituindo uma neuralgia pós-herpética.
- Febre baixa de até 38ºC.
Como é feito o diagnóstico do herpes zóster?
O médico avalia as lesões na pele e faz perguntas ao paciente, a respeito de outros sinais e sintomas que esteja sentindo.
A partir de todas as informações e avaliações, o médico faz um diagnóstico diferencial, que consiste em excluir outras doenças que são bem parecidas com o herpes zóster, como a dermatite de contato, dermatite herpetiforme, impetigo e herpes simples.
Mas, a localização das lesões em apenas um lado do corpo é a característica mais importante que torna o diagnóstico óbvio para herpes zóster.
Como se pega o herpes zóster?
Adultos que não tiveram catapora na infância, ou que não foram vacinados, estão suscetíveis a pegarem o herpes zóster, que é uma doença contagiosa.
O contágio se dá através do contato com pessoas infectadas e com objetos que estiveram em contato com elas, como roupas de cama e toalhas.
Pessoas que já têm imunidade contra o vírus, seja porque pegaram catapora em alguma fase da vida ou porque foram vacinadas, normalmente não desenvolvem a doença. Mas, o vírus do herpes zóster fica adormecido no corpo e pode ser reativado, mesmo após muitos anos latente. Quando o sistema imunológico sofre uma baixa, o vírus pode voltar a se multiplicar no organismo, causando os sintomas.
Alguns grupos de pessoas apresentam maior risco de desenvolverem a doença, por causa do comprometimento do sistema imune:
- Idosos com mais de 60 anos.
- Pessoas com doenças que enfraquecem o sistema imune, como HIV/AIDS, ou que tomam medicamentos que suprimem a sua ação, como quimioterápicos ou medicações para doenças autoimunes.
- Pessoas em fase de recuperação de doenças infecciosas, como pneumonia.
- Pessoas que estão vivendo com excesso de estresse e ansiedade, de tal forma que prejudicam o sistema imunológico.
Prevenção contra o herpes zóster
A vacina contra o herpes zóster, a Zostavax®, é indicada para pessoas acima de 50 anos, pois reduz as chances de desenvolver a doença em 50%, e ainda previne a ocorrência de neuralgia pós-herpética.
A vacina contra catapora dada na infância, em dose única, a partir de 1 ano de idade, também ajuda na prevenção do herpes zóster na idade adulta.
Tratamento do herpes zóster
Os medicamentos utilizados para tratar o herpes zóster têm ação antiviral, ou seja, atuam inibindo a replicação do vírus e, como consequência, diminuem a gravidade e a duração dos sintomas, e a extensão das lesões. A grande vantagem do tratamento é diminuir as chances de complicação da doença, como a neuralgia em pessoas acima de 40 anos.
Se não tratadas, o herpes zóster tem resolução natural, com o desaparecimento das feridas após aproximadamente 7 dias.
As bolhas na pele causam dor, por isso, o tratamento também inclui analgésicos, que ajudam a diminuir o desconforto.
Se as lesões do herpes zóster surgirem no centro da face, atingindo os olhos e o nariz, deve-se procurar ajuda médica, para que o problema seja tratado com medicação intravenosa. Esse caso deve ser acompanhado pela equipe médica, a fim de evitar complicações sérias, como cegueira e meningite.
Geralmente, para os casos mais simples, são prescritos os seguintes antivirais:
- Aciclovir (800 mg): 5 vezes ao dia, com intervalo de 4 horas, por 7 a 10 dias.
- Valaciclovir (1000 mg): 3 vezes ao dia, por 7 dias.
- Fanciclovir (500 mg): 3 vezes ao dia, por 7 dias.
A dosagem desses medicamentos varia de acordo com a necessidade de cada paciente, respeitando a faixa etária e a condição prévia de seu sistema imune, por isso, a automedicação não é recomendada.
O tratamento só é válido se iniciado no início dos sintomas. Quando as feridas já estão com casquinhas, é sinal de que o sistema imunológico deu conta de combater a infecção e não é necessário o uso de antiviral.
Medidas importantes durante o tratamento
Você pode ajudar o seu sistema imune a combater o vírus através da alimentação, consumindo alimentos ricos em lisina. A lisina inibe a ação da arginina, um aminoácido presente no organismo, que o vírus utiliza para a sua multiplicação. Então, consumir alimentos ricos em lisina ajuda no tratamento. Veja os alimentos que contêm lisina.
Quando for lavar as feridas, use água e sabão neutro, sem esfregar a pele. Essa ação é muito importante para impedir uma outra infecção por bactérias oportunistas, que podem usar as feridas como porta de entrada para se instalar e multiplicar, piorando os sintomas.
Não use roupas apertadas, que grudam na pele. Escolha usar roupas largas, confortáveis e de algodão, para que a pele possa “respirar” e permitir a devida cicatrização das feridas.
Não coce as feridas. Para aliviar essa sensação desconfortável, aplique uma compressa fria. Uma boa alternativa, que ajuda a acalmar a pele irritada, é aplicar a compressa fria umedecida com chá de camomila.
Não aplique cremes e pomadas sobre as feridas.
Quanto antes os tratamentos forem iniciados, mais rápida é a recuperação e cicatrização das feridas. O tempo ideal para início do tratamento é em até 72 horas após o início dos sintomas.
Complicações do herpes zóster
Uma complicação comum em pessoas acima de 60 anos é a neuralgia pós-herpética, que é uma dor que aparece após a resolução do herpes zóster e é mais intensa do que quando as bolhas estavam presentes na pele.
A dor é tão intensa que atrapalha a pessoa na realização de atividades comuns do dia a dia, e pode persistir por várias semanas e até meses. Nesse caso, o médico prescreve medicações para tratar a dor causada pela inflamação do nervo.
Outra complicação menos comum acontece quando o vírus herpes zóster atinge a córnea, causando problemas de visão, que necessitam de tratamento específico com um oftalmologista.
Existem complicações mais raras, que estão associadas com o local onde o vírus se instalou, podendo causar pneumonia, problemas de audição e inflamação no cérebro. Essas complicações tendem a acometer pessoas com o sistema imune debilitado, por causa de comorbidades associadas.
Eu tenho desde adolescente. E não concorda e contagiosa pois ninguém meus contatos diretos ou seja a família ninguém pegou. E ela me dá quando tenho um estresse muito grande é certinho até sei já. Pra mim sempre da no mesmo lugar na nádega direita no centro . E bolinhas fica duro e coça muito.