Os Riscos de Beber Moderadamente São Piores do que Pensamos, Diz Estudo

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Um vasto estudo internacional sobre o consumo de álcool não encontrou benefícios para a saúde em geral relacionado ao consumo moderado de álcool e põe em dúvida a crença de que os homens podem beber com segurança o dobro das mulheres.

O limite para beber com baixo risco, segundo os pesquisadores, é de cerca de sete cervejas por semana tanto para homens quanto para mulheres.

O novo relatório, publicado na quinta-feira na revista The Lancet e apresentando por 120 co-autores, agregou dados de vários estudos sobre padrões de consumo e resultados de saúde entre quase 600.000 pessoas em 19 países de alta renda.

Surpreendentemente, os dados não mostraram uma diferença significativa entre homens e mulheres na quantidade de álcool que pode ser consumida sem uma queda na expectativa de vida.

Isso contradiz diretamente as diretrizes que definem o consumo moderado de “baixo risco” como dois drinques por dia para homens e um para mulheres, com um limite de 14 por semana para homens e 7 para mulheres – com níveis mais baixos para pessoas idade de 65 anos.

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Esta pesquisa recalibra o conceito de consumo moderado e dá uma interpretação mais complexa e diferenciada de como o álcool afeta a saúde cardiovascular para melhor ou para pior.

Essa interpretação provavelmente não será bem recebida pela indústria do álcool, que abraçou a ideia, apoiada pela comunidade médica, de que beber moderadamente pode ser bom para você, diminuindo o risco de um ataque cardíaco.

Os pesquisadores não encontraram um benefício geral para a saúde. Os dados agregados mostraram que o consumo moderado está associado a um menor risco de ataques cardíacos não fatais.

A explicação comum é que o álcool pode aumentar o colesterol HDL, o colesterol “bom”, que pode ser protetor contra os bloqueios arteriais.

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Mas o consumo de álcool, mesmo nesse nível supostamente moderado, também está associado a um conjunto de problemas cardiovasculares, incluindo acidente vascular cerebral, aneurisma aórtico, doença hipertensiva fatal e insuficiência cardíaca. Os dados mostram que os efeitos ruins compensam os bons.

O consumo de álcool também está associado a maiores riscos de vários tipos de câncer, incluindo câncer de mama. O novo estudo confirmou uma associação entre álcool e câncer do sistema digestivo.

À medida que o consumidor se aventura mais além do limite, a expectativa de vida continua a corroer de maneira dramática.

Os pesquisadores descobriram que o limite para os riscos à saúde é de 100 gramas por semana (relacionado a sete latas de cerveja padrão, embora as cervejas artesanais tenham maior teor alcoólico).

A queda na expectativa de vida de um homem de 40 anos que bebe entre 100 e 200 gramas é de seis meses, em média, comparado com alguém que bebe entre zero e 100 gramas, segundo o estudo.

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Beber 200 a 350 gramas foi associado a um declínio de um a dois anos na expectativa de vida, e beber mais de 350 gramas correspondeu a uma queda de quatro a cinco anos, em média.

Essas advertências devem ser repassadas pelos médicos ao conversar com seus pacientes sobre seus hábitos de bebeida, disse um dos coautores do estudo, Dan G. Blazer, professor de psiquiatria emérito da Duke University School of Medicine.

“Acho que este é talvez um bom aviso de que até o que eles consideram moderado – que pode ser dois drinques por dia, todos os dias de suas vidas – pode ser demais”, disse Blazer.

Você acredita que consome bebidas alcoólicas moderadamente ou em excesso? Pretende reduzir esse consumo vendo os resultados da pesquisa? Comente abaixo!

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