Tempo em frente a telas é preocupação de pais na pandemia

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Não há como negar que a pandemia também deixou sua marca na nossa saúde mental. E quando se trata de crianças e adolescentes, o impacto pode ser ainda maior.

Uma das grandes preocupações dos pais neste quesito é o tempo que estas crianças estão passando em frente às telas. Isto foi o que demonstrou uma pesquisa realizada nos Estados Unidos sobre as principais preocupações dos pais durante este período dos últimos meses.

Entenda como a pandemia está afetando a saúde mental de crianças e adolescentes. Da mesma forma, descubra dicas para manter seus filhos mais tranquilos e protegidos.

Crianças podem estar ficando viciadas em aparelhos eletrônicos, aponta estudo

Com a pandemia, o tempo de uso de telas aumentou. De acordo com um estudo indiano, cerca de 65% das crianças pesquisadas estão viciadas em eletrônicos.

Da mesma forma, o estudo ainda avaliou que estas crianças são incapazes de manter distância de eletrônicos como celulares, tablets e computadores por 30 minutos.

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Este estudo foi realizado por médicos do Hospital JK Lone, em Jaipur, na Índia, com 203 crianças. Segundo os pesquisadores, quase todas as crianças tiveram um aumento no tempo de tela de 2 a 3 vezes, e uma redução na atividade física. 

Além do vício, a pesquisa ainda apontou outros problemas causados pelo tempo excessivo em frente às telas. De acordo com os cientistas, 50% dessas crianças têm dificuldade em dormir e 17% acordam no meio do sono à noite.

Além disso, estas crianças apresentam ainda sonolência e cansaço diurno. Da mesma forma, os pesquisadores também relataram uma mudança no comportamento das crianças e adolescentes estudados.

Por que as telas podem ser tão prejudiciais

Os pais, portanto, devem ficar atentos aos efeitos nocivos deste hábito crescente na pandemia.

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De acordo com os especialistas, o uso excessivo de telas pode trazer algumas consequências. Irritabilidade, ansiedade e tristeza, por exemplo, são sintomas de que o seu filho está passando muito tempo na frente de aparelhos eletrônicos.

Da mesma forma, a criança pode apresentar dificuldade de atenção, sobrepeso, distúrbios alimentares, sedentarismo e transtornos posturais, bem como outros problemas.

Sendo assim, o manual da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por exemplo, recomenda até uma hora por dia de exposição ao uso de monitores para crianças com idade entre 2 e 5 anos.  Para crianças com idade entre 6 e 10 anos, o tempo sobe para no máximo 2 horas.

Já para os adolescentes, com idades entre 11 e 18 anos, a indicação é de, no máximo, 3 horas por dia.

Pais devem ficar atentos ao uso da tecnologia pelos filhos

celulares

Apesar de tudo isso, os pais devem se preocupar menos com a quantidade de tempo que os filhos usam os dispositivos e mais com a forma como usam a tecnologia.

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É o que alerta Gary Freed, médico, chefe de Pesquisa Nacional de Saúde Infantil do Mott Children’s Hospital, em Michigan.

De acordo com o especialista, é importante que as crianças e adolescentes mantenham conexões sociais e familiares que sabemos serem importantes para seu bem-estar emocional. Principalmente, explica Freed, durante um período em que se sentem estressados ​​ou isolados.

Apesar disso, Freed defende que os pais devem estipular algumas regras. Para o médico, os pais devem definir limites claros sobre como e quando os filhos podem usar os dispositivos para garantir que não prejudiquem os hábitos de sono.

Do mesmo modo, as telinhas não devem substituir hábitos saudáveis ​​como a atividade física.  

“Os pais precisam ter conversas constantes com seus filhos e adolescentes para orientá-los sobre práticas seguras na internet”, diz Freed.

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Dicas para manter seu filho tranquilo durante a pandemia

Muito tempo em frente às telas e problemas com a saúde mental são algumas das principais preocupações dos pais neste período. No entanto, é possível amenizar os sintomas e tornar o isolamento um pouco mais tranquilo com algumas atitudes.

Antes de mais nada, é preciso leveza. Neste momento tão difícil, é importante que os pais abandonem a ideia de perfeição. Ter flexibilidade é fundamental durante este período de isolamento social.

Da mesma forma, é importante criar uma rotina. Os especialistas aconselham que você planeje junto com seus filhos a rotina de estudos, atividades e brincadeiras. Sempre, é claro, separando momentos para estarem juntos.

Do mesmo modo, é importante dar liberdade para o seu pequeno. A dica é separar um local da casa para a criança brincar à vontade.

A interação social também pode ser primordial. Desta maneira, incentive seu filho a usar as redes sociais para manter o contato com os amigos.

Busque ajuda! Se você perceber que você ou o seu filho não estão conseguindo lidar bem com a situação, entre em contato com algum profissional competente que possa lhe ajudar a sobreviver melhor a este período.

Você tem crianças ou adolescentes em casa? Conte para a gente como tem sido a experiência durante o isolamento social!

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