Usar paracetamol durante a gravidez não está ligado ao risco do aumento de autismo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) ou deficiência intelectual em crianças, de acordo com novo estudo publicado pela Rede JAMA.
A pesquisa analisou os dados de mais de 2,4 milhões de crianças nascidas na Suécia entre 1995 e 2019, com acompanhamento até dezembro de 2021. Os pesquisadores, então, concluíram que não há uma relação entre os distúrbios e o medicamento.
Os responsáveis pelo estudo apontaram que os riscos brutos absolutos aos 10 anos de idade para os que não foram expostos ao paracetamol em comparação aos que foram expostos ao medicamento, foram de 1,33% contra 1,53% para o autismo, 2,46% contra 2,87% para o TDAH e 0,70% contra 0,82 para deficiência intelectual.
A pesquisa se deu após outra análise apontar um pequeno aumento no risco do aumento de casos de autismo, TDAH e deficiência intelectual entre crianças as quais as mães tomaram paracetamol durante a gravidez.
O novo estudo, então, selecionou pares de irmãos, em casos nos quais a mãe tomou paracetamol durante uma gravidez e não na outra. Com isso, apontou-se que não existe essa relação com o medicamento.
“Os resultados sugeriram que não havia um único fator de confusão, mas sim que a saúde e as características sociodemográficas de múltiplos pais que deram à luz explicaram, cada uma, pelo menos parte da associação aparente”, concluiu o estudo.