Jejum Ocasional Pode Ser uma Solução Rápida para Problemas de Saúde

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Muitas pessoas rotineiramente fazem jejum durante algumas horas do dia ou mais, seja por motivos espirituais ou de saúde. Alguns dizem que o jejum limpa as toxinas do corpo. Outros desfrutam de uma consciência espiritual que desperta a fome. A dieta irregular de nossos ancestrais é frequentemente citada como uma base evolucionária para restringir deliberadamente nossa dieta moderna.

Mas todos que adotam o conceito de jejum ocasional podem gostar de algumas descobertas científicas recentes que apóiam a ideia de que o jejum promove a saúde. No ano passado, pesquisadores da Universidade de Ottawa relataram que o jejum intermitente combate a obesidade e os distúrbios metabólicos melhor do que a contagem de calorias. O pesquisador-chefe Kyoung-Han Kim relata:

“Jejum intermitente sem redução na ingestão de calorias pode ser uma abordagem preventiva e terapêutica contra a obesidade e distúrbios metabólicos.”

Os cientistas atribuem suas descobertas a uma mudança nas reações imunológicas nas células adiposas. Com a obesidade e a diabetes (um distúrbio metabólico prevalente) ainda aumentando, essa notícia pode ser bem-vinda para qualquer um que tente manter sua saúde sob controle.

No início deste ano, cientistas que investigaram o valor das dietas em jejum, em comparação com a contagem de calorias, encontraram um resultado surpreendente. Os pesquisadores colocaram a dieta 5:2, em que voluntários humanos comem normalmente por 5 dias e restringem severamente as calorias por 2 dias, contra uma dieta padrão em que os voluntários ingerem 600 calorias a menos por dia do que a quantidade calculada para manter seu peso.

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A dieta 5: 2 venceu o embate, com os adeptos cumprindo sua meta de redução de peso de 5% em 59 dias, em comparação com 73 dias para os que contavam calorias. A surpresa surgiu quando os processos metabólicos dos participantes foram estudados após a perda de peso: as pessoas na dieta 5:2 eliminaram as gorduras (triglicerídeos) do sangue após uma refeição mais rapidamente do que o outro grupo.

Também foi encontrada uma redução maior na pressão arterial sistólica dos praticantes de jejum e outras diferenças metabólicas que precisarão de mais estudos.

Nas notícias mais recentes, cientistas do MIT mostraram que o envelhecimento das células-tronco pode ser regenerado pelo jejum. A capacidade de nossos corpos de transformar células-tronco – que são uma espécie de blocos de construção de células globais – em novas células de revestimento intestinal é fundamental para manter nossa saúde. Por causa do ambiente agressivo (pense nisso, as células de revestimento têm que sobreviver em um lugar onde todo o resto está sendo tratado como alimento e dividido em pedaços), nossas células de revestimento intestinal são substituídas a cada 5 dias.

À medida que envelhecemos, a capacidade das células-tronco de se transformar em novas células de revestimento diminui. Uma infecção intestinal ou um ciclo prejudicial de quimioterapia torna-se difícil de recuperar na velhice. Isso faz com que as células-tronco de camundongos em jejum dobrem sua capacidade regenerativa de grande interesse para o tratamento de tais condições em pacientes idosos. Mas também sugere que o jejum pode emprestar valiosos poderes às nossas células nos níveis biológicos mais básicos.

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Vale lembrar que se você quiser tentar um jejum e suspeitar de algum problema de saúde, converse com seu médico antes de tentar quaisquer mudanças extremas em seus padrões alimentares.

Você já experimentou praticar o jejum intermitente alguma vez? Teve bons resultados? O que achou das descobertas dessas pesquisas? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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